A decisão de elevar a taxa Selic no Brasil foi tomada horas após o Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, também preocupado com as pressões sobre os preços, elevar a taxa básica de juros para o intervalo entre 1,5% e 1,75% ao ano, a mais elevada desde março de 2020, no início da pandemia, quando estava entre 1% e 1,25%.
Para o economista Ricardo Coimbra, "o reflexo disso sobre a economia brasileira é que na medida em que você tem uma elevação forte na taxa de lá, você acaba gerando um crescimento de atração do título público norte-americano em detrimento do nosso título e dos títulos de outros países".
Nesse contexto, o dólar caiu para um patamar próximo aos R$ 5, e a Bolsa interrompeu uma sequência de oito quedas.
O dólar comercial encerrou o dia de ontem vendido a R$ 5,026, com recuo de R$ 0,108 (-2,11%). A divisa operou próxima de R$ 5,10 durante quase todo o dia, mas desabou após o anúncio. Ainda assim, a moeda norte-americana acumula alta de 5,74% em junho. Em 2022, a divisa cai 9,86%. Este foi o primeiro recuo do dólar após sete altas seguidas.
O dia também foi positivo no mercado de ações. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 102.807 pontos, com alta de 0,73%. O indicador operou com ganhos durante todo o dia, mas consolidou a tendência de alta após o anúncio dos juros básicos norte-americanos.(Com Agência Estado)