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Setor produtivo teme retração da economia
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Setor produtivo teme retração da economia

Crédito caro
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A Confederação Nacional da Indústria afirmou que a taxa Selic está num nível que inibe a atividade econômica (Foto: CNI/José Paulo Lacerda)
Foto: CNI/José Paulo Lacerda A Confederação Nacional da Indústria afirmou que a taxa Selic está num nível que inibe a atividade econômica

O aumento da Selic foi recebido com críticas pelo setor produtivo. Para entidades da indústria, a decisão equivocada prejudicará a recuperação da economia.

Em nota, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) informou que a taxa de juros já está num nível que inibe a atividade econômica. Para a entidade, os aumentos realizados neste ano se refletem em uma taxa real elevada.

"Este aumento adicional da taxa de juros no momento é desnecessário para o controle da inflação e trará custos adicionais à economia, como queda do consumo, da produção e do emprego", afirmou em nota o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade.

Para a confederação, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA) de maio mostrou que os preços dos bens industriais começaram a desacelerar e continuarão nesse movimento no segundo semestre, ainda refletindo os aumentos anteriores dos juros. A entidade também destacou que os preços internacionais mostram estabilidade, após a incorporação do choque provocado pelo conflito na Ucrânia.

A Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) considera que a Selic não pode ser o único instrumento para contornar o quadro generalizado de alta de preços. "A pandemia da covid-19 e posteriormente a guerra na Ucrânia evidenciaram problemas estruturais no mundo todo. O setor produtivo brasileiro ainda convive com os efeitos da alta dos custos de produção e a população sofre com a deterioração da renda".

A entidade diz que a continuidade do ciclo é duplamente indesejável. "Primeiro, porque sacrifica ainda mais a atividade econômica, que já dá claros sinais de fraqueza. Segundo, porque adiciona um fator de alerta no âmbito fiscal ao elevar o custo do endividamento do setor público."(Com Agência Estado)

 

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