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Laboratórios no Interior: Acompanhamento dos camarões inicia com trabalho desde as larvas
Economia

Laboratórios no Interior: Acompanhamento dos camarões inicia com trabalho desde as larvas

Mercado. Resultados
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Karolayne Damasceno é engenheira em Aquicultura formada pelo IFCE Morada Nova. Ela é gerente Larvicultura Fortaleza Larvifort. (Foto: Caio Cesar)
Foto: Caio Cesar Karolayne Damasceno é engenheira em Aquicultura formada pelo IFCE Morada Nova. Ela é gerente Larvicultura Fortaleza Larvifort.

No mercado de produção de camarão, para obter resultados positivos, com animais saudáveis e que rendem bons lucros, é preciso dedicação 24 horas. O trabalho começa na larvicultura de camarão, com o manejo dos camarões ainda na fase de pós-larva.

A atividade requer elevado nível de sofisticação nas operações no laboratório de pesquisa, no manejo preparatório até que o povoamento dos reservatórios dos produtores já seja possível. No Vale do Jaguaribe isso já é possível a partir da chegada de grandes empresas.

A Larvifort é exemplo de empresa neste mercado. Pertencente a um grupo equatoriano, que possui fazenda de engorda de 500 hectares, em Camocim-CE, além de indústria de beneficiamento, em Acaraú-CE, e planta matriz em Itarema-CE, tem um laboratório que faz o processo de maturação nos primeiros dias de vida da larva, a estocagem fase 1.

O POVO visitou a estrutura de Morada Nova, a Larvicultura Fortaleza Larvifort, aonde acontece a fase 2 do processo de maturação das pós-larvas.

Gerente da unidade, Karolayne Damasceno é engenheira em Aquicultura formada pelo IFCE Morada Nova e explica que o processo de desenvolvimento dessas pós-larvas leva em torno de 15 dias, num acompanhamento 24 horas, até que os animais já reúnam condições de deixar os tanques da unidade para os reservatórios dos produtores, onde terminarão o processo de maturação e engorda.

Karolayne ainda diz que o animal chega da fase 1 ainda ambientado a viver na água salgada mas, deve finalizar o processo na Fase 2 pronto para viver em condições de baixa salinidade. "É uma aclimatação que fazemos de forma vagarosa para que o animal responda bem. E em torno de quatro dias após sua chegada esse animal consegue estar adaptado à salinidade típica dos reservatórios dos produtores da região".

A unidade de pós-larvas possui três meses de funcionamento, mas já atende toda região do Vale do Jaguaribe e Rio Grande do Norte. Em maio, foram 16 milhões de pós-larvas comercializadas. A meta é fechar 2022 com capacidade de comercialização de 30 milhões de pós-larvas por mês.

"Estamos vendo a aceitação do mercado e esperamos crescer cada mês mais. Do primeiro para o segundo mês conseguimos dobrar a produção. Caso a demanda mensal passe de 30 milhões, temos espaço para expansões", afirma.

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