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Fortaleza: inflação cresce 0,61% em junho; confira o que encareceu
Economia

Fortaleza: inflação cresce 0,61% em junho; confira o que encareceu

Alta nos planos de saúde e vestuário influenciam índice; confira lista do que ficou mais barato na região
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Inflação na Grande Fortaleza acelerou em fevereiro, mas ficou abaixo da alta na média nacional. (Foto: Thais Mesquita em 05/01/2022)
Foto: Thais Mesquita em 05/01/2022 Inflação na Grande Fortaleza acelerou em fevereiro, mas ficou abaixo da alta na média nacional.

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medidor oficial da inflação, destaca aumento médio generalizado de 0,61% nos preços de produtos, alimentos e serviços da Grande Fortaleza no mês junho. 

Os dados foram divulgados na manhã desta sexta-feira, 8 de julho, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

Os números expressam elevação ininterrupta da inflação dos preços na Região Metropolitana de Fortaleza desde o começo do ano. 

O IPCA de junho no Brasil teve agravamento de 0,67% no mês passado, conforme o IBGE. No acumulado do ano, o índice no País chega a 5,49% e em 11,89% no balanço dos últimos meses. 

No caso do Ceará, que assume como base a inflação da região metropolitana da Capital, o índice acumulado entre janeiro e junho de 2022 chega a 6,34%. Nos últimos 12 meses o IPCA da região é de 11,92%.

Números fazem com que a inflação de Fortaleza seja a terceira maior do Brasil em 2022.

O resultado do País foi influenciado fortemente pelo aumento nos preços dos alimentos para consumo fora do domicílio, que computaram alta de 1,26% em um mês, com destaque para a refeição (0,95%) e o lanche (2,21%).

"Nos últimos meses, esses itens não acompanharam a alta de alimentos nos domicílios, como a cenoura e o tomate, e ficaram estáveis. Assim como outros serviços que tiveram a demanda reprimida na pandemia, há também uma retomada na busca pela refeição fora de casa. Isso é refletido nos preços”, explica o gerente da pesquisa, Pedro Kislanov.

O IBGE destaca ainda que o plano de saúde, com alta de 2,99% no mês, foi o maior impacto individual na inflação de junho no Brasil e impulsionou a alta de 1,24% no grupo de saúde e cuidados pessoais.

“Em maio, a ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) autorizou o reajuste de até 15,50% nos planos individuais, com vigência a partir de maio e o ciclo se encerrando em abril de 2023. No IPCA, houve, em junho, a apropriação das frações mensais de maio e junho, o que impactou bastante esse resultado”, detalha Pedro. 

Na região metropolitana da Capital, a inflação foi puxada essencialmente pela alta nos planos de saúde e no aumento de preços nos artigos de vestuário. No setor de alimentação e bebidas, as maiores altas se concentram no leite e derivados que ficaram, em média, 4,08% mais caros em junho na comparação com o mês de maio.

Em sequência, os panificados tiveram alta de 2,64% no preço em um mês, enquanto a alimentação fora do domicílio ficou 1,93% mais cara, sendo seguido pelo aumento de 1,48% nas hortaliças e verduras.

Nesse cenário, bebidas e infusões computam alta de 1,30%, seguido pelas frutas que ficaram 1,28% mais caras, e pelo sal e condimentos com altas de 1,27%.

Com relação à habitação e residência, as maiores altas registradas dizem respeito aos artigos de cama, mesa e banho com variação de 2,10%, ao mobiliário com alta de 1,01% e pelo aluguel e taxas relacionadas que encareceram 0,94%.

O principal responsável pela alta da inflação na Grande Fortaleza, os artigos de vestuário concentram altas de 2,91% e 2,12% para roupas masculinas e femininas, respectivamente. Calçados e acessórios também aumentaram de preço em junho na região, com variação de 2,08%.

Encerrando as maiores altas registradas pelo IBGE, produtos óticos subiram 3,66% na passagem de maio para junho e os serviços médicos e dentários tiveram alta de 2,39%. Veja lista completa das altas por setores abaixo.

Resumo dos índices

Inflação pelo Brasil em junho/2022

Salvador: 1,24%

Recife: 1,13%

Belo Horizonte: 0,83%

Rio Branco: 0,81%

Brasília: 0,81%

Porto Alegre: 0,70%

Aracaju: 0,67%

Curitiba: 0,65%

Campo Grande: 0,64%

Vitória: 0,61%

Fortaleza: 0,61%

São Paulo: 0,61%

São Luís: 0,51%

Goiânia: 0,51%

Rio de Janeiro: 0,39%

Belém: 0,26%

Inflação na Grande Fortaleza em junho/2022

Alimentação e bebidas: alta de 0,94%

Habitação: 0,25%

Artigos de residência: 0,34%

Vestuário: 1,96%

Transportes: 0,07%

Saúde e cuidados pessoais: 1,27%

Despesas pessoais: 0,75%

Comunicação: 0,47%

Educação: redução de 0,11%

O que ficou mais barato em
Fortaleza em junho/2022

Cereais, leguminosas e oleaginosas: redução de 1,74% no preço

Tubérculos, raízes e legumes: -12,02%

Pescados: -1,75%

Produtos e serviços de habitação mais baratos:

Combustíveis (domésticos): -0,51%

Energia elétrica residencial: -0,60%

TV, som e informática: -1,31%

Joias e bijuterias: -1,29%

Combustíveis (veículos): -1,51%

Inflação na Grande Fortaleza em junho de 2022

  • Alimentação e bebidas: alta de 0,94%
  • Habitação: 0,25%
  • Artigos de residência: 0,34%
  • Vestuário: 1,96%
  • Transportes: 0,07%
  • Saúde e cuidados pessoais: 1,27%
  • Despesas pessoais: 0,75%
  • Comunicação: 0,47%
  • Educação: redução de 0,11%

O que ficou mais barato em Fortaleza em junho de 2022:

Alimentos que ficaram mais baratos em junho na Grande Fortaleza

  • Cereais, leguminosas e oleaginosas: redução de 1,74% no preço

  • Tubérculos, raízes e legumes: -12,02%

  • Pescados: -1,75%

Produtos e serviços de habitação mais baratos:

  • Combustíveis (domésticos): -0,51%
  • Energia elétrica residencial: -0,60%

Artigos de residência com redução de preço em junho na Grande Fortaleza:

  • TV, som e informática: -1,31%

Produtos de vestuário com queda de preço em junho:

  • Joias e bijuterias: -1,29%

Transporte mais barato:

  • Combustíveis (veículos): -1,51%

Educação:

  • Leitura: -1,36%
  • Papelaria: -0,65%
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