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Ceará tem que diversificar mais as exportações, diz Lucas Fiuza
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Ceará tem que diversificar mais as exportações, diz Lucas Fiuza

|Internacionalização | O diretor da Apex Brasil foi o convidado do almoço promovido pelo Lide Ceará
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LUCAS FIUZA avalia que os produtos cearenses têm grande potencial na América Central e Europa (Foto: divulgação)
Foto: divulgação LUCAS FIUZA avalia que os produtos cearenses têm grande potencial na América Central e Europa

Quando o assunto é exportação, o Ceará está indo bem na visão do diretor da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), Lucas Fiuza. "Mas tem que diversificar mais, pois, hoje, 60% fica em torno da siderurgia. O setor de calçados, por exemplo, é muito forte e tem que se consolidar, além da agricultura. O ramo das frutas vem ganhando mais espaço", defendeu o executivo, em evento promovido ontem pelo grupo de líderes empresariais Lide Ceará.

Os Estados Unidos continua sendo o país com maior relação na exportação com o Ceará e Fiuza acredita que existem mais possibilidades para a abertura de acordos com a América Central e outros países europeus.

Outro ponto defendido pelo executivo é a ampliação de horizontes do que se exportar, não se limitando a produtos e commodities. Mas também em relação aos serviços, principalmente, o turismo no caso do Ceará.

"O empresariado cearense está preparadíssimo, só precisa deixar ele fazer. Em alguns momentos, intervenções das estatais prejudicam, como na questão de licenciamentos, mas as parcerias público-privadas podem auxiliar."

Ele defendeu que o Estado tem que ser economicamente mais livre. "Espero que tenhamos uma renovação política, pois o ciclo já fadigou e está na hora de renovar, a exemplo do Governo Federal que tem dado abertura para o ambiente de negócios", defendeu Fiuza.

Hidrogênio Verde amplia leque de possibilidades cearense

Presente ao evento, o economista Raimundo Padilha acredita que o Ceará tem um potencial grande e a tendência é de crescimento nas exportações.

"Com o H2V e as energias alternativas o Ceará vai sair deste PIB de 2% e dará um salto bem significativo. Com o H2V, com facilidade, a gente dobrará o PIB atual."

O fundador da Abeeólica, Lauro Fiúza Júnior, também faz uma análise sobre o mercado de energias renováveis e destaca as vantagens de se exportar.

"Hoje, o Nordeste é exportador de energia renovável para o Sul do País, mas existe a necessidade brutal de termos linhas de transmissão daqui para lá. Isso é caro e cria-se dependências no fluxo de energia", pondera.

Após a descoberta do potencial brasileiro atual de energia offshore - avaliado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) em 700 gigawatts (GW) e pelo Banco Mundial em 1,2 terawatts (TW) - as perspectivas são outras, na sua visão.

"O Brasil tem que acrescentar todo ano entre 4 e 5 GW na sua matriz hoje que é de 180 GW. Se você for explorar este offshore para atender a demanda interna leva 400 anos."

Transformando a energia em questão em H2V dá para exportar para Europa e Estados Unidos. "Abre-se esta oportunidade gigantesca do Brasil ser o grande exportador de energia por meio do H2V e o Ceará pode ser uma frente, por meio do Porto do Pecém e da ZPE", defende.

Ainda em fase de elaboração de estudos, a empresa Cobap, há 38 anos atua na produção de papel e embalagens de papelão, em Maracanaú, prepara-se para começar a exportar no fim de 2023. A diretora executiva, Renata Corrêa, conta que atualmente os principais clientes estão no Norte e Nordeste. "Estamos estruturando internamente os processos e fazendo consultorias com a Apex neste sentido. Desejamos exportar, mas ainda está em estudo."

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