Representantes de diferentes segmentos econômicos no estado comemoraram com cautela a aprovação da revisão na conta de luz da Enel Ceará, aprovada pela Aneel, e a perspectiva de nova queda na tarifa em breve, a partir da redução na alíquota do ICMS sobre energia. As estimativas de que produtos e serviços diversos fiquem mais baratos para o consumidor variam de 30 a 90 dias.

O presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes no Ceará (Abrasel-CE), Taiene Righetto, lembra que somente o insumo energia elétrica, corresponde "a uns 5% de todo o custo de operação dos estabelecimentos do setor de alimentação fora do lar. Isso é muito alto, quando a gente pensa que ainda tem custos com mão de obra, impostos e matéria-prima. Ainda mais que a nossa situação já vem muito complicada."

Já o presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) de Fortaleza, Assis Cavalcante, destaca que no caso do comércio varejista esse percentual pode ser ainda maior e chegar aos 7%. "Essa redução vem ao encontro do que estávamos esperando, nesse momento tão desafiador com inflação alta, perspectivas eleitorais e outros fatores que trazem instabilidade e retração no consumo", pontua.

Já o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará (Faec), Amílcar Silveira, criticou o percentual de revisão e lembrou que o reajuste para o consumidor rural ficou acima da média de 24%. "O Ceará é autossuficiente em energia e a nossa matriz é hidráulica. Então, nada justifica o valor que pagamos", diz.