As mudanças provocadas por crises e guerras devem moldar um novo contexto geopolítico e oportunidades de relações de negócios devem surgir a partir disso. Essa é a análise de especialistas, projetando o cenário de saída da pandemia e guerra na Ucrânia.
Segundo o diretor da Qair Brasil, Gustavo Silva, às demandas internacionais por energia para população e processos industriais devem ser substituídas, das fontes poluentes para as limpas, e continentes inteiros devem ser afetados.
A Europa, por exemplo, importa quase 40% da sua energia proveniente da Rússia. "Há um primeiro movimento de substituição (por efeito da guerra), em que a Europa está sendo abastecida principalmente pelos Estados Unidos - que naturalmente é um importador de energia, pela Austrália e pelo Canadá".
A afirmação foi endossada pelo ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, que enfatiza a oportunidade de formar novas parcerias comerciais a partir de rupturas provenientes de desarranjos geo-políticos. "A geopolítica mudou pós-pandemia e conflito na Ucrânia".
"O mundo busca uma nova cadeia de suprimentos, um país próximo, amigo e de energia verde. E esse país é Brasil, o nordeste brasileiro e mais especificamente o Ceará, que será a segurança de energia limpa do mundo, pela capacidade de desenvolvimento, proximidade, empreendedorismo e por ciência e tecnologia, em torno de uma solução climática e lucrativa", completa.