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Redução do diesel terá efeito modesto na inflação
Economia

Redução do diesel terá efeito modesto na inflação

Para FGV
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Tipo Notícia

O economista da Fundação Getúlio Vargas (FGV), André Braz, diz que a redução de 3,5% no preço do diesel pela Petrobras terá impacto 'modesto' na inflação.

Diferente da gasolina, reajustes no diesel têm pouco impacto direto no índice de preços ao consumidor amplo (IPCA), a inflação oficial do País. O maior efeito, diz Braz, é indireto, na formação dos preços do frete, transporte público e energia.

"O impacto é modesto. A parcela indireta, no frete, transportes e energia, é maior. Quedas no preço do diesel podem evitar novos aumentos nesses serviços. Mas isso é difícil de medir", diz Braz.

Diretamente, o reajuste vai contribuir com uma redução de apenas 0,01 ponto porcentual (p.p.) no IPCA em 30 dias, diz Braz. Já as duas últimas quedas na gasolina, de 8% no total, terá efeito entre 0,15 p.p. e 0,20 p.p. Ou seja, até 20 vezes mais. O que abre espaço para um novo mês de "inflação mais baixa".

Ainda assim, a redução dos combustíveis não deve modificar de forma significativa a percepção da inflação da população, sobretudo de baixa renda. "O que pesa na inflação dos mais pobres são os alimentos, com alta na casa dos 14%."

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