A gigante internacional Thyssenkrupp prospecta parcerias com empresas do hub de hidrogênio verde (H2V) no Ceará. A ideia da empresa é ofertar eletrolisadores às empresas que montarem plantas industriais de produção de H2V no Brasil, confirmou ao O POVO o gerente de Desenvolvimento de Negócios da Thyssenkrupp, Luiz Mello.
A empresa atendeu a demanda da Unigel em seu projeto de produção de amônia verde na Bahia e já iniciou conversas com outras empresas do Ceará, além de olhar com boas possibilidades o mercado de Pernambuco, que também busca viabilizar um hub de H2V.
"Nosso papel não é ser investidor (no desenvolvimento de plantas de hidrogênio verde), mas desenvolver e ajudar o possível para viabilizar. Mas somos provedores de tecnologia e equipamentos", explica.
O mercado de eletrolisadores é novidade. Até então, existiam equipamentos com capacidade bem menor, principalmente voltados às pesquisas. A expansão da cadeia produtiva do hidrogênio abre novos horizontes.
Vale explicar que eletrolisadores são equipamentos fundamentais para a operação de uma planta de H2V. Esses equipamentos são dispositivos que permitem produzir hidrogênio por meio do processo químico de eletrólise, capaz de quebrar as moléculas da água em hidrogênio e oxigênio através da eletricidade.
"Estamos antenados, não temos a menor dúvida de que estamos atentos a negócios no hub do Ceará", enfatiza o executivo, que espera anunciar novas parcerias em 2023.
"Conversamos bastante com o mercado, também em Pernambuco, além de aqui no Ceará. Devem vir novos negócios, sim, tem projetos em desenvolvimento", acrescenta.
AÇO VERDE
O gerente de Desenvolvimento de Negócios da Thyssenkrupp, Luiz Mello, também observa com boas expectativas o negócio entre CSP e ArcelorMittal. A compradora já anunciou que pretender ter na siderúrgica cearense uma planta descarbonizada e a produção de aço verde é possível. O grupo Thyssenkrupp já é parceiro da ArcelorMittal no mercado internacional.