O economista e conselheiro do Conselho Regional de Economia do Ceará (Corecon-CE), Wandemberg Almeida, também alerta para esse ponto.

“O cidadão pode pensar por que eu não posso pegar a parcela até 40% dos R$ 600? O que nós estamos tendo é um acréscimo que tem um tempo curto, vai até dezembro oficialmente, então ele não deve entrar no cálculo para o empréstimo consignado”, detalha.

Como o beneficiário vai ter que saber administrar esse pequeno recurso, ele deve pegar o empréstimo caso realmente tenha uma necessidade. “Ou ele vá fazer um pequeno investimento para poder fazer a aquisição de um bem, que ele possa fazer com que sua renda aumente. O interessante é que ele saiba direcionar esse recurso de maneira correta”, orienta.

Para a instituição financeira ele vê a segurança, pois como é debitado da fonte, a pessoa não terá como deixar de pagar. “É importante que as pessoas entendam e tenham noção da taxa de juros que está sendo aplicada, uma taxa de juros mais baixa. Mas o mais importante é saber alocar esse recurso para que não venha ter dor de cabeça mais na frente”, afirma Almeida.

Justamente por estar atrelado ao pagamento, o beneficiário não terá a opção de negociar melhores condições com o banco, como taxas ou prazos menores.

Almeida ainda alerta para que as pessoas não caiam em golpes e indica que a pessoa vá até uma instituição financeira oficial. “Porque infelizmente boa parte da população que está recebendo auxílio não tem conhecimento e acaba sendo enganado e caindo em golpes”, informa.