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Consumo de energia sobe 2,6% no Brasil em julho
Economia

Consumo de energia sobe 2,6% no Brasil em julho

|CCEE| No mês, foram consumidos 63.083 megawatts médios (MWmed). O aumento foi mais significativo no ambiente de contratação livre (ACL) de energia
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ALTA no consumo tem sido puxada no País pelo segmento de super e hipermercados (Foto: Carol Kossling)
Foto: Carol Kossling ALTA no consumo tem sido puxada no País pelo segmento de super e hipermercados

A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) informou ontem que o consumo de energia elétrica em todo o País aumentou 2,6% em julho quando comparado ao mesmo período de 2021.

No mês, foram consumidos 63.083 megawatts médios (MWmed), puxados pelos segmentos de serviços, bebidas e madeira, papel e celulose, principalmente.

De acordo com a CCEE, o aumento foi mais significativo no ambiente de contratação livre (ACL) de energia, que concentra grandes consumidores. Nele, a alta de consumo foi de 7,1% no mês passado ante o mesmo período de 2021. No mercado regulado, que concentra residências e pequenas empresas, o aumento foi de apenas 0,3%.

Setores que estão migrando para o mercado livre

Dentre os grandes consumidores, destaque para as grandes redes de comércio que aumentaram o seu consumo de energia elétrica em 19,2% no mês de julho, na comparação com o mesmo período do ano passado. Ao todo, o ramo de atividades utilizou 1.367 megawatts médios.

O resultado foi impulsionado sobretudo pelo segmento de super e hipermercados, que apresentou alta de 13,4%. "O setor vem registrando crescimento no consumo de eletricidade ao longo do ano. São supermercados de médio e de grande porte, incluindo varejistas e atacadistas, que negociam o insumo no mercado livre. Além da retomada da economia, a CCEE também associa o aumento a chegada de novos consumidores nesse ambiente, migrados das distribuidoras", informou a CCEE.

O órgão setorial simula ainda os resultados desconsiderando a migração entre os dois ambientes. Nesse caso, o crescimento do mercado livre no período seria de 4,2% enquanto o ambiente de contratação regulada (ACR) teria alta de 2,1%.

Na projeção que desconsidera a geração distribuída, o aumento neste mercado seria ainda maior, de 2,5%.

A maioria dos Estados brasileiros apresentou alta no consumo durante o mês de julho, se comparado ao mesmo período do ano passado. Parte do Nordeste, o Amapá, o Espírito Santo e o Rio Grande do Sul, porém, registraram queda de até 10%.

Os porcentuais de alta foram mais significativos. O Estado de Roraima teve aumento de 23%, já Mato Grosso e Acre registraram crescimento da ordem de 17%.

No mês passado, o volume de energia gerado por usinas hidrelétricas conectadas ao Sistema Nacional Interligado (SIN) cresceu 32,7% quando comparado ao mesmo mês do ano passado, resultado da recuperação dos reservatórios.

Com isso, a geração termelétrica teve queda de 54%. As renováveis eólica e solar tiveram produção 16,7% e 66,7% maior, , respectivamente. Ao todo, a geração cresceu 4,5% em julho deste ano ante o mesmo mês de 2021. (Agência Estado)

 

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