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No primeiro ano da pandemia, 13,6% das empresas de Serviços fecharam as portas no Ceará
Economia

No primeiro ano da pandemia, 13,6% das empresas de Serviços fecharam as portas no Ceará

Estado enfrentou, ainda em 2019, antes da pandemia, uma redução de faturamento e de empresas no setor
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Em 2020, primeiro ano de pandemia, número de empresas caiu 13,62% e as contratações recuaram 11,53% no Ceará (Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil)
Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil Em 2020, primeiro ano de pandemia, número de empresas caiu 13,62% e as contratações recuaram 11,53% no Ceará

O número de empresas no setor de serviços no Ceará começou a declinar um ano antes da pandemia de Covid-19.

Após atingir o maior patamar da série histórica ainda em 2018, com 29.679 empresas registradas no setor, já em 2019, o segmento deu início a um recuo, encerrando 2020 com 24.056 empresas em operação.

Dados integram a Pesquisa Anual de Serviços (PAS) de 2020 divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na manhã desta quarta-feira, 24 de agosto de 2022.

Declínio do setor de serviços no Ceará

Com relação ao pessoal ocupado, as quedas começaram durante a pandemia. Enquanto em 2018 eram 346.883 trabalhadores atuando no setor, em 2019 houve crescimento para 374.297, porém, em 2020, primeiro ano da crise gerada pela Covid-19, número caiu para 331.133.

Sobre o número de empresas no setor de serviços, o primeiro ano de pandemia gerou redução de 13,62% no Ceará. Decréscimo no número de empregados foi de 11,53%.

Entre 2011 e 2020, a média de ocupação do setor de serviços caiu de 15 para 14 pessoas por empresa. O segmento de Serviços de informação e comunicação tinha a maior média de ocupação: 20 trabalhadores por empresa.

A receita gerada pelas empresas do setor também reduziu no começo da crise sanitária, saindo de R$ 35,7 bilhões no pré-pandemia de 2019, para R$ 34,1 bilhões.

No comparativo com os demais estados da região Nordeste, o Ceará representou o terceiro com a maior participação da receita do setor de serviços. Em primeiro lugar estava a Bahia, com 30,9% de participação, sendo seguida por Pernambuco com 21,9%.

O Ceará teve o maior crescimento nos últimos dez anos, saindo de 16% em 2011, para 18,2%. Na sequência de percentual da receita do setor da região aparecem o Maranhão com 7,2%, Rio Grande do Norte com 5,9%.

Completam o ranking, Paraíba com 4,6%, Alagoas (4,4%), Sergipe e Piauí com (3,4%).

Distribuição da renda das empresas por setor de serviços em 2020 no Ceará:

  • Serviços profissionais, administrativos e complementares: 31,7% da receita do setor
  • Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio: 25,8%
  • Serviços de informação e comunicação (21,1%), Serviços prestados principalmente às famílias: 11,6%
  • Outras atividades de serviços: 4,6%
  • Atividades imobiliárias: 3,9%
  • Serviços de manutenção e reparação: 1,4%

Salários do setor de serviços no Ceará em 2020

No que diz respeito ao somatório dos salários, retiradas e outras remunerações registradas pelas empresas do setor no Estado, em 2019, somavam montante de R$ 8 bilhões, tendo caído para R$ 7,3 bilhões em 2020.

Os salários médios por trabalhador do setor também caíram e chegaram ao patamar de 1,6 salários mínimos em 2020. Veja a distribuição por setor abaixo:

  • Média de salário dos trabalhadores de serviços por setor de atuação no Ceará em 2020:
  • Serviços de informação e comunicação: 2,3 salários mínimos
  • Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio: 2,2 salários mínimos
  • Outras atividades de serviços: 1,9 salário mínimo
  • Atividades imobiliárias: 1,8 salário mínimo
  • Serviços prestados principalmente às famílias: 1,1 salário mínimo

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