O número de empresas no setor de serviços no Ceará começou a declinar um ano antes da pandemia de Covid-19.
Após atingir o maior patamar da série histórica ainda em 2018, com 29.679 empresas registradas no setor, já em 2019, o segmento deu início a um recuo, encerrando 2020 com 24.056 empresas em operação.
Dados integram a Pesquisa Anual de Serviços (PAS) de 2020 divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na manhã desta quarta-feira, 24 de agosto de 2022.
Com relação ao pessoal ocupado, as quedas começaram durante a pandemia. Enquanto em 2018 eram 346.883 trabalhadores atuando no setor, em 2019 houve crescimento para 374.297, porém, em 2020, primeiro ano da crise gerada pela Covid-19, número caiu para 331.133.
Sobre o número de empresas no setor de serviços, o primeiro ano de pandemia gerou redução de 13,62% no Ceará. Decréscimo no número de empregados foi de 11,53%.
Entre 2011 e 2020, a média de ocupação do setor de serviços caiu de 15 para 14 pessoas por empresa. O segmento de Serviços de informação e comunicação tinha a maior média de ocupação: 20 trabalhadores por empresa.
A receita gerada pelas empresas do setor também reduziu no começo da crise sanitária, saindo de R$ 35,7 bilhões no pré-pandemia de 2019, para R$ 34,1 bilhões.
No comparativo com os demais estados da região Nordeste, o Ceará representou o terceiro com a maior participação da receita do setor de serviços. Em primeiro lugar estava a Bahia, com 30,9% de participação, sendo seguida por Pernambuco com 21,9%.
O Ceará teve o maior crescimento nos últimos dez anos, saindo de 16% em 2011, para 18,2%. Na sequência de percentual da receita do setor da região aparecem o Maranhão com 7,2%, Rio Grande do Norte com 5,9%.
Completam o ranking, Paraíba com 4,6%, Alagoas (4,4%), Sergipe e Piauí com (3,4%).
No que diz respeito ao somatório dos salários, retiradas e outras remunerações registradas pelas empresas do setor no Estado, em 2019, somavam montante de R$ 8 bilhões, tendo caído para R$ 7,3 bilhões em 2020.
Os salários médios por trabalhador do setor também caíram e chegaram ao patamar de 1,6 salários mínimos em 2020. Veja a distribuição por setor abaixo: