O Ceará passou por um processo de ampliação da sua pauta de exportação a partir de 2016 com o início da operação da Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP), mas planeja um novo salto. No ano passado, o Estado ultrapassou a marca de US$ 2,7 bilhões exportados, no entanto, mais da metade do comércio exterior cearense é concentrado no aço proveniente da CSP. A questão foi refletida em debate no Ceará Global 2022.
Dados da balança comercial cearense revelam que a maior parte de tudo que é exportado tem origem no Complexo Industrial e Portuário do Pecém, na cidade de São Gonçalo do Amarante. E principal destino dos produtos são os Estados Unidos, embora o estado mantenha relações comerciais com mais de 120 países.
Karina Frota, presidente do Centro Internacional de Negócios da Federação das Indústrias do Ceará (Fiec) e colunista do OP , destaca que, assim como nas relações com os países, há uma concentração nos setores exportadores.
"Mesmo com todo crescimento na exportação ainda representamos pouco na balança comercial do Brasil. Crescer essa pauta exportadora é o nosso desafio", afirma.
Dentro desse processo de tornar negócios de uma empresa internacionais existem desafios. Segundo a gerente de Internacionalização da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Gabryella Freitas, a CNI vem buscando disseminar entre os empresários as possibilidades que se abrem para os negócios ao cruzar as fronteiras do próprio país.
A "disseminação de informação" permite que negócios de impacto ganhem espaço no mercado e tenham a oportunidade de comércio exterior. Isso acontece via parceria com o Sebrae e a rede de Centros Internacionais de Negócios nos estados. "Recentemente realizamos em parceria com o Sebrae rodadas de negócios virtuais com compradores internacionais para empresas brasileiras. E uma empresa do Ceará conseguiu realizar sua primeira exportação".