Foi a necessidade de mais capacitação no mercado de trabalho que motivou a formação do curso. Afinal, com a pandemia de covid-19, percebeu-se um cenário cada vez mais carente de bons profissionais. Para contribuir com o mercado e oferecer oportunidades, a Fundação Demócrito Rocha (FDR) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai/CE) assinaram um acordo para a criação de um curso profissionalizante em Segurança do Trabalho. A parceria foi firmada na Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec) na tarde de ontem.
Participaram do encontro o presidente da Fiec, Ricardo Cavalcante; o diretor do Senai/CE, Paulo André Holanda; o presidente-executivo do Grupo O POVO, Dummar Neto; e o gerente-geral da FDR, Marcos Tardin.
O curso foi desenvolvido pela FDR e pelo Senai com a participação da Universidade Aberta do Nordeste (Uane), responsável pelo ambiente virtual de aprendizagem, e do Conselho Estadual de Educação. Terá uma carga de 1.200 horas/aula, distribuídas de modo híbrido.
Os encontros presenciais serão realizados nas sedes do Senai no Ceará. A unidade do bairro Jacarecanga, em Fortaleza, será a primeira a receber o curso. Os núcleos de Sobral e Juazeiro do Norte integrarão a distribuição da formação técnica pelo Estado.
As inscrições serão abertas ainda neste mês, e a primeira turma deve começar em outubro, adianta Marcos Tardin. "Estamos muito otimistas e ansiosos para viver essa experiência. Pode ser só o primeiro curso da parceria com o Senai", projeta o gerente-geral da FDR.
A ideia da formação técnica surgiu em 2018, durante a primeira conversa entre FDR e Senai. "É uma necessidade do mercado. A gente precisa cada vez mais fazer essas qualificações profissionais para trazer novas pessoas para o mercado", detalhou Ricardo Cavalcante. Segundo o presidente da Fiec, até o ano de 2025, a Federação qualificará 289 mil cearenses.
Conforme Paulo André Holanda, do Senai/CE, para atender ao requisito de qualificação, os alunos terão a opção de duas "trilhas" na disciplina proposta: qualificação profissional de agente de observação de segurança e auxiliar técnico em segurança do trabalho. "A gente observa que há aqui uma demanda reprimida, então o curso foi customizado", explica. Ele enfatiza que o curso, da forma como está sendo construído, é pioneiro no País.
Ricardo Cavalcante destaca a força das entidades envolvidas, que, unidas, formarão bons nomes para o mercado. "Que seja o início de várias parcerias que a gente possa fazer", comenta o presidente da Fiec. (Jully Lourenço)
Inscrição
As inscrições para o curso técnico em Segurança do Trabalho serão abertas ainda neste mês, com início das aulas previsto para outubro