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Atraso limita alternativas em caso de estiagem
Economia

Atraso limita alternativas em caso de estiagem

Diz Cagece
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Tipo Notícia

Tanto Cagece quanto o Consórcio Águas de Fortaleza, que venceu a licitação do projeto, ressaltam a preocupação com uma nova temporada de estiagem, na qual o projeto da usina se torna essencial - e foi incluído no Plano de Recursos Hídricos do Ceará e no plano Fortaleza 2040.

O presidente da Cagece, Neuri Freitas, se diz surpreso pela forma como a Anatel recomendou a mudança de local para instalação da usina, uma vez que "não cabe a ela (Anatel) fazer isso" e pela falta de preocupação com os recursos públicos empregados para tal alteração no projeto.

Ele explica que, caso isso for feito, é necessário voltar o projeto ao início. Isso significa obter todas as licenças ambientais, mediante a realização de audiências e consultas públicas, além de realizar estudos de marés e correntes marítimas adequadas para o projeto.

Além disso, o reservatório da Cagece instalado no Morro Santa Teresinha viabiliza a distribuição da água gerada pela usina de dessalinização sem a necessidade de construir novas tubulações.

Em nota, a Companhia lista as empresas envolvidas no imbróglio: Claro S.A., Telxius LTDA., Angola Cables LTDA., EllaLink LTDA., China Unicom LTDA e Globenet (agora V.tal).

“O que as telefônicas e a Anatel estão fazendo nesse momento é inviabilizar o fornecimento de água potável para Fortaleza e Região Metropolitana”, afirma.

Procurado, o consórcio Águas de Fortaleza admitiu o risco iminente de atraso para a entrega do projeto e disse, por nota, que "houve tempo suficiente para qualquer tipo de questionamento e a Anatel escolheu omitir-se e em nenhum momento apresentou dúvidas ou qualquer tipo de objeção."

"A posição apresentada somente agora não traz nenhum fato novo ou argumentos técnicos que fundamentem uma posição tão impactante para um projeto dessa envergadura", acrescenta.

 

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