As características de ocupação dos chefes das famílias apresentaram forte relação entre a condição de segurança alimentar.
De acordo com o relatório da Penssan, a condição de emprego formal estava associada à presença de segurança alimentar ou, no máximo, insegurança alimentar leve em mais de 67% das famílias brasileiras.
"Quando essa relação é analisada para cada estado, é possível verificar a importância do trabalho formal dos chefes das famílias como fator de garantia da Segurança Alimentar, para um contingente maior de famílias, por conferir mais estabilidade financeira decorrente do emprego", diz o relatório.
A melhor estabilidade financeira oportunizada pelo trabalho formal foi observada na situação dos estados com relação à segurança alimentar. O Nordeste é exemplo dessa diferença.
A Paraíba (92,8%) e o Rio Grande do Norte (92,2%) possuem maior prevalência de segurança alimentar, acima da média da Região (80,7%), por conta da empregabilidade desses chefes de família no regime formal.
No Ceará, os dados preocupam. Mesmo entre os trabalhadores formais, o nível de segurança alimentar é preocupante (69,6%), ficando abaixo da média Nordeste. A situação é ainda pior para os trabalhadores informais ou desempregados. Apenas 34% mantém a família em situação de segurança alimentar.