Durante visita a empresários em Fortaleza, o secretário Nacional de Habitação, Alfredo Santos, destacou o interesse do Governo Federal em ampliar os recursos do Casa Verde Amarela, destacando os planos de desburocratizar as regras para liberação de projetos. Seriam quatro eixos principais: construção, melhorias, regularização fundiária e locação social. A ideia era iniciar a nova fase com orçamento de R$ 1,5 bilhão.

"Estamos elaborando uma grande política nacional para levar a possibilidade das famílias terem acesso a recursos bastante barato e mais adequado, contratando técnicos responsáveis, arquitetos", afirmou na ocasião.

Porém, no Orçamento de 2023 enviado ao Congresso, constam apenas R$ 82,3 milhões. Isso significa uma queda de 93% em relação a 2022, quando havia orçamento de R$ 1,2 bilhão.

É o menor montante reservado para programas federais de habitação desde o lançamento do Minha Casa Minha Vida, em 2009.

O presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), José Carlos Martins, critica a iminente paralisação de obras pelo País.

"Além de um problema social, a falta de recursos para o programa Casa Verde e Amarela gera insegurança para as empresas responsáveis pelas obras em curso."

Ele lembra que, no passado, foram paralisadas mais de 180 mil unidades por falta de pagamento. "Na atual gestão foram retomadas, mas correm o risco de pararem mais uma vez. O programa significa crescimento com desenvolvimento social."