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Inúmeros motivos estimulam os desligamentos voluntários
Economia

Inúmeros motivos estimulam os desligamentos voluntários

Diz especialista. Análise de cenário
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Sobre o aumento dos pedidos de demissão voluntária, o analista de mercado de trabalho, Erle Mesquita, afirma ser um "movimento complexo, intrigante e com muitos elementos". Porém, ele reforça que a nova metodologia de exposição dos dados do Caged, adotada em 2020, dificulta uma análise mais detalhada.

Sobre o cenário no Estado, ele aponta como possíveis motivos a oferta de baixos salários e a possibilidade do trabalhador virar uma pessoa jurídica, tendo um CNPJ e podendo atender não só o seu antigo empregador, como também outros clientes.

Erle destaca o aumento da informalidade também como possível causa para esse grande índice de pedidos de demissão. "Esse é um movimento que precisa ser analisado, pois este ano apresentava uma economia difícil, com inflação e desemprego apresentando números com dois dígitos, até bem pouco tempo."

Por outro lado, para o empregador, o analista afirma que alta rotatividade traz consigo as dificuldades de reposição nos quadros.

Ele destaca que, no Ceará, com base nos dados de 2020 até agora, nove em cada 10 desses pedidos foram na modalidade de contratação padrão da CLT. Os motivos poderiam ser muitos, segundo ele, como baixos salários, ambientes de trabalho inadequados, casos de assédios e até falta de perspectivas de crescimento profissional.

Outras situações estão ligadas especialmente aos aprendizes e trabalhadores intermitentes que pediram para sair. Nessa mesma base de comparação, a cada dez pedidos, seis são homens e quatro mulheres. "Essa proporção não difere da taxa de participação entre os sexos no mercado."

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