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Indústria de laticínios do Ceará quer dobrar de tamanho em 2022
Economia

Indústria de laticínios do Ceará quer dobrar de tamanho em 2022

| Leite e derivados | Empresários estão animados com desempenho no ano e setor projeta terminar 2022 com 30 indústrias regularizadas
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A FÁBRICA da Betânea Lácteos é a maior do segmento de laticínios no Ceará. Setor projeta expansão. (Foto: JÚLIO CAESAR)
Foto: JÚLIO CAESAR A FÁBRICA da Betânea Lácteos é a maior do segmento de laticínios no Ceará. Setor projeta expansão.

A quantidade de indústrias de beneficiamento da cadeia produtiva do leite sindicalizadas subiu de 13 para 25 neste ano. A expectativa do Sindicato da Indústria de Laticínios no Estado do Ceará (Sindlaticínios) é que a ampliação continue e chegue a 30 laticínios até o fim de 2022.

Neste processo, destaque para a forte interiorização da atividade. Dentre os novos laticínios ligados ao sindicato, operações nas cidades de Alto Santo, Solonópole, Jaguaribe e Tauá.

José Antunes, presidente do Sindlaticínios, destaca que a expectativa de contínua ampliação do setor segue forte para 2023. "Existe potencial muito grande para continuar crescendo".

"São muitas queijarias aptas a serem certificadas, então é preciso haver também esse trabalho, que não é fácil, pois são muitas exigências, mas creio que vamos continuar ampliando esse número", afirma Antunes.

Dentro desse processo de ampliação e legalização do mercado, Antunes destaca que é necessário desburocratizar processos. Ele conta que recentemente a cadeia produtiva precisou se adequar ao Serviço de Inspeção Federal (SIF), que promoveu uma evolução em relação ao processo de certificação estadual, que era o padrão até então.

No entanto, mesmo com o SIF, muitas indústrias de beneficiamento ainda precisavam manter as certificações anteriores em alguns produtos. Na prática, a falta de padronização nas certificações gera aumento de custos, destaca o presidente do Sindilaticínios.

A revisão desse processo já é alvo de debates entre empreendedores, por meio da Federação da Agricultura do Estado do Ceará (Faec), Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Ceará (Adagri) e Secretaria da Fazenda (Sefaz).

"A desburocratização desse processo de certificação dos produtos tem o poder de aumentar a produção. Também faria com que mais gente buscasse certificar seus produtos, beneficiando na ponta o consumidor", diz.

A fábrica de Betânea Lácteos é a maior do segmento de laticínios no Ceará. Setor projeta expansão.
A fábrica de Betânea Lácteos é a maior do segmento de laticínios no Ceará. Setor projeta expansão. (Foto: JÚLIO CAESAR)

Antunes destaca ainda que, com a burocracia e custos existentes, existe uma quantidade importante de produtos sem certificação adequada chegando ao mercado, sem uma fiscalização efetiva da Secretaria da Fazenda ou da Adagri, é muito grande.

Outro pedido é por mais assistência técnica. O pleito foi um dos mais enfatizados por empresários no encontro promovido pela Faec com a governadora do Estado, Izolda Cela, nessa semana.

Os produtores rurais reclamam que a Ematerce não possui quadro técnico suficiente para atender a demanda. Antunes enfatiza que esse trabalho é extremamente necessário para que os produtos que chegam às gôndolas tenham qualidade.

"Mas a assistência técnica está deficitária. No setor de laticínios, toda minha assistência é paga, não é oficial da Ematerce. E quem quiser assistência técnica está tendo que pagar", aponta.

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FORTALEZA, CEARÁ, 07-01-2022: Cerimônia de posse do novo presidente da FAEC, Amílcar Silveira. (Fernanda Barros/ Especial Para O Povo)
FORTALEZA, CEARÁ, 07-01-2022: Cerimônia de posse do novo presidente da FAEC, Amílcar Silveira. (Fernanda Barros/ Especial Para O Povo)

NEGÓCIOS

O presidente da Faec, Amílcar Silveira, falou sobre o andamento das prospecções para instalação de uma unidade industrial de beneficiamento de leite. As indústrias Da Vaca e Porto Alegre foram consultadas, mas estão em compasso de espera, aguardando resultado da eleição presidencial.

PROSPECÇÕES

Amílcar deve conversar também com representantes da Tirolez e da Piracanjuba. A Faec também já falou com o Governo do Estado tentando viabilizar a liberação de um galpão industrial, que seria trunfo para atrair os olhares dos investidores.

EMPREGOS

A Faec estima que a atração de uma indústria de beneficiamento de leite deve gerar cerca de 4 mil empregos. A ideia é fortalecer a competitividade dessa cadeia, hoje muito concentrada em uma grande indústria.

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