De acordo com a Sefaz, o volume destinado pelo Governo a investimentos públicos atingiu R$ 1,43 bilhão entre maio e agosto. Alta de 99% ante igual período de 2021 (R$ 720 milhões).
O montante aplicado pelo Estado supera também a média aplicada em igual período nos anos de 2020 (R$ 469 milhões), 2019 (R$ 533 milhões) e até o de 2018, R$ 1 bilhão, que também foi um ano eleitoral.
O POVO questionou a Sefaz sobre as razões deste aumento tão expressivo no segundo quadrimestre deste ano, mas até o fechamento desta edição, não obteve retorno.
De acordo com o relatório fiscal, as aplicações em educação e saúde atingiram, respectivamente, 25,1% e 14,9% da receita líquida de impostos e transferências (RLIT).
Os percentuais ficaram acima do mínimo anual previsto na Constituição Federal que é de 25% para educação e de 12% para a saúde.
O volume de operações de crédito realizado no segundo quadrimestre foi de R$ 238 milhões. Desse total, R$ 223 milhões foram contratados junto a instituições financeiras internacionais e o restante, vinculado ao mercado nacional.
O economista Alexandre Cialdini defende que o Brasil precisa avançar no debate no debate fiscal e o pacto federativo. Para ele o grande questionamento a ser feito ao próximo presidente é o que será feito para recompensar as boas práticas fiscais.
"Estamos completando 22 anos de Lei de responsabilidade Fiscal, no Ceará esse conceito já era aplicado bem antes, então, qual é a proposta que temos no regramento fiscal no sentido de estimular essas boas práticas desses estados? Isso precisa ser questionado porque não é só quem fez o dever de casa, mas recompensar quem conseguiu com o resultado primário fortalecer com recursos próprios os investimentos dentro do estado".