O apicultor Geonildo Galvão disse ter perdido praticamente todas as colônias de seu apiário em um espaço de apenas três dias. "Elas (as abelhas do apiário dele) começaram a morrer no dia 14 de outubro e isso seguiu até o dia 16. A suspeita é que tenha sido o agrotóxico. Tem uma empresa próxima que faz fortes pulverizações. Isso acaba afetando porque as abelhas vão consumir o pólen que elas tiram nesse período escasso", avalia.
"Acaba que elas vêm e contaminam a colônia toda, morre a rainha e o enxame totalmente. Alguns enxames menos afetados ficam fraquinhos e em decorrência disso vão acabando também. A cera também fica contaminada que a gente extrai", lamenta Geonildo.
Na mesma linha, o também apicultor Simonides Moreira lembra que "quando essa empresa se instalou ano nosso município a gente já vivia aqui e já criava abelha. E, hoje, eles estão atacando demais a nossa cultura".
"Eles estão usando um tipo de veneno que está acabando com as nossas abelhas. E ninguém está proibindo deles expurgarem. Queremos que eles mantenham distância das comunidades, que não estão mantendo", afirma.
"Em segundo lugar, queremos que quando eles quiserem expurgar os agrotóxicos deles seja em um horário que não afete tanto as abelhas. Que eles comecem a expurgar de cinco da tarde até meia-noite", prossegue.
Ele explica que quando as pulverizações acontecem após esse horário o impacto sobre as abelhas é maior.(Colaborou Nelson Faheina)