Tradicional expositor da Expoece, a Boisa tem uma expectativa de cerca de R$ 500 mil em venda de gado leiteiro durante os quatro primeiros dias de feira. Augusto César Gonçalves Pereira, vice-presidente da ACC e supervisor agropecuário da empresa, disse que 120 animais foram levados para a feira neste intuito.
"Esse número excessivo é porque estamos com shopping de venda esse ano. São todos da Fazenda Boisa com sede em Caucaia. O grupo tem três unidades. Uma em Caucaia e duas em Tauá, onde temos mais criação de caprino e ovino", contou, sobre o grupo que pertence ao ex-senador Chiquinho Feitosa.
Em média, as vacas leiteiras da Boisa estão sendo vendidas entre R$ 8 mil e R$ 20 mil, segundo ele. A variação se deve à idade e à condição do animal, que é das raças Gir e Girolando. São fêmeas jovens, entre 1 ano e 3 anos, prenhas e paridas - já com bezerro. Estas últimas são as mais valiosas porque já estão em plena produção de leite.
"Aqui é uma vitrine. Temos uma venda permanente na fazenda, mas a feira premia nossos animais e forma vitrine para o ano todo", ressalta.
O setor leiteiro representa cerca de 80% dos bovinos do Ceará, segundo informou o presidente da ACC, Braga Almeida. Para ele, as expectativas para o ano são das melhores. "Como sabemos, na pandemia, o agronegócio foi o que alavancou o PIB. E a pecuária faz parte disso. Durante a pandemia, só não parou os serviços essenciais e a reprodução dos animais. Tudo isso foi animador para os criadores", afirma.
Braga projeta um total de 3 milhões de cabeças de gado no Ceará em 2022, o que é "praticamente a população da Região Metropolitana de Fortaleza".
"São dados animadores e demonstram que houve mesmo crescimento. Então, esse ano vai mostrar que o agronegócio realmente alavanca a economia do nosso Estado e País", arremata o presidente da ACC.