Na contramão do Brasil, a indústria do Ceará cresceu 3,7% na passagem de agosto para setembro. Isso porque, segundo a Pesquisa Industrial mensal (PIM) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), além de o setor ter caído 0,7% no País, recuou em 12 dos 15 locais analisados.
Outro dado é que a alta da produção da indústria cearense em setembro vem após três meses negativos seguidos, o que elimina parte da perda de 4,6% acumulada de junho a agosto deste ano.
Dentre os setores no Estado, artefatos de couro, artigos de viagens e calçados foi o principal responsável por puxar o crescimento, seguido por bebidas.
Já ante setembro de 2021, o setor industrial do Ceará cresceu 2,5% em setembro de 2022. No acumulado do ano de 2022 (janeiro a setembro), porém, houve recuo de 3,7%.
O acumulado dos últimos 12 meses, ao cair 6,6% em setembro de 2022, reduziu a intensidade de perda frente aos meses de julho e agosto, ambos com variação negativa em 8%.
No Brasil, as maiores quedas foram em Santa Catarina (-5,1%) e Paraná (-4,3%). Seguiram acima da média nacional os recuos de Pará (-3,7%), São Paulo (-3,3%), Goiás (-2,9%), Amazonas (-2,9%), Espírito Santo (-2,2%), Minas Gerais (-1,7%), Bahia (-1,3%), Rio de Janeiro (-1,1%).
Com quedas, mas abaixo da média do País, ficaram Mato Grosso (-0,4%) e Rio Grande do Sul (-0,2%).
Por outro lado, outro destaque no resultado positivo foi Pernambuco (2%) e a própria região Nordeste (0,6%).
E quando a indústria brasileira é analisada frente a setembro de 2021, o setor apresentou crescimento de 0,4%, com altas em 8 dos 15 locais pesquisados. Na média móvel trimestral (-0,3%), houve recuo em 11 dos 15 locais pesquisados.
Brasil
No acumulado do ano, houve recuo em 8 dos 15 locais pesquisados. Destaque para o Pará (-8,8%). Por outro lado, onde há maior recuperação é no Mato Grosso (25,7%)
Vestuário
No Ceará, dentre os segmentos com maior dificuldade de recuperação no acumulado de 2022, está o de Confecção de artigos do vestuário e acessórios, com queda de 33,1%