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"Mercado fica nervoso à toa", diz Lula
Economia

"Mercado fica nervoso à toa", diz Lula

Após queda da bolsa
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Lula falou pela primeira vez no Centro Cultural Banco do Brasil, sede da equipe de transição governamental em Brasília (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil Lula falou pela primeira vez no Centro Cultural Banco do Brasil, sede da equipe de transição governamental em Brasília

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou ontem que o mercado financeiro fica "nervoso à toa" no Brasil, após forte queda do Ibovespa e alta do dólar, atribuídas em parte a declarações dadas por ele sobre estabilidade fiscal e questões sociais.

"Nunca vi tão sensível como o nosso", disse na saída do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), sede do governo de transição. "Engraçado que mercado não ficou nervoso com quatro anos de Bolsonaro", acrescentou, em tom de ironia. O dia foi de liquidação dos ativos brasileiros após Lula, em discurso, criticar "a tal da estabilidade fiscal" e defender a ampliação de gastos públicos para combater a miséria.

"Por que se fala em cortar gastos, fazer superávit e respeitar o teto de gastos?", havia questionado. Ao mesmo tempo, disse que não há "alguém mais responsável que eu (no fiscal)", acrescentou, ao citar o tripé de sua campanha eleitoral: credibilidade, previsibilidade e estabilidade.

Ao deixar seu gabinete no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) rumo ao hotel onde se hospeda em Brasília, Lula conversou com apoiadores e respondeu, brevemente, a perguntas da imprensa. Questionado sobre a PEC da transição, que visa abrir espaço no Orçamento, o presidente eleito afirmou que não está à frente das negociações.

"Eu não estou negociando a PEC, quem negocia é Alckmin e Aloizio Mercadante", disse. Questionado por apoiadores sobre dívidas do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), Lula disse que o programa "não é dívida, é investimento".

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