A alta na renda do trabalhador brasileiro no terceiro trimestre de 2022 ante o mesmo trimestre de 2021 foi puxada por um crescimento estatisticamente significativo das remunerações em apenas cinco estados brasileiros.
Os avanços que superaram o intervalo de margem de erro da pesquisa ocorreram no Piauí (18,4%), Mato Grosso (15,7%), Amazonas (11,6%), Mato Grosso do Sul (11,6%) e Paraná (4,5%).
"Quando a gente abre (o resultado) pelas unidades da federação, a maioria ainda não registra esse crescimento. Elas podem até estar registrando essa tendência (de alta), mas foram essas cinco que registraram crescimento estatisticamente significativo", afirmou Adriana Beringuy, coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE.
No terceiro trimestre, o salário médio real do trabalhador ocupado no País era de R$ 2.737, 2,5% a mais que os R$ 2.670 recebidos um ano antes.
Em São Paulo, a renda média era superior à média nacional no terceiro trimestre, de R$ 3.319, mas houve queda anual de 0,5%.
No Rio de Janeiro, a renda média era de R$ 3.275. São R$ 109 a mais que um ano antes, alta de 3,5%.
Em Minas Gerais, a renda média foi de R$ 2.433 no terceiro trimestre, R$ 53 a mais que um ano antes, alta de 2,2%.
No Ceará, o rendimento médio real mensal habitual ficou em R$ 1.908, mantendo estabilidade frente ao segundo trimestre de 2022 (R$ 1.786) e, também, ante o terceiro trimestre de 2021 (R$ 1.898).
A massa de rendimento de todos os trabalhos somou R$ 6.8 bilhões no Estado. Alta de 8,9% ante o apurado no período entre abril a junho deste ano. E avanço de 6,8% no comparativo com o terceiro trimestre do ano passado.
No Brasil, o montante chegou a R$ 266,7 bilhões, com crescimento frente ao trimestre anterior (R$ 254,5 bilhões) e ao mesmo período do ano passado (R$ 242,7 bilhões). (Com AE)