O Índice de Atividade Econômica Regional (IBCR) do Ceará, considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB), cresceu 3,4% nos nove primeiros meses de 2022, conforme dados divulgados ontem pelo Banco Central (Bacen).
A alta ficou acima da média nacional, que, no mesmo período pesquisado avançou 2,93%, mas abaixo da média da região Nordeste, que teve forte crescimento entre janeiro e setembro deste ano, na comparação com iguais meses de 2021.
No acumulado dos últimos 12 meses, a atividade econômica cearense teve expansão de 2,7% e o mesmo fenômeno se repetiu: alta superior à média brasileira (de 2,34%), mas inferior à média nordestina (de 3,2%). Os números do Estado são negativos, contudo, quando consideradas a variação mensal (-0,8%) e trimestral (-0,7%), apontando para um melhor desempenho no primeiro semestre do ano.
De acordo com o coordenador de Contas Regionais do Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece), Nicolino Trompieri Neto, “esse comportamento é bem explicado pelo setor de serviços. O que a gente vem experimentando agora no decorrer de 2022 é uma maior intensidade, principalmente, das atividades mais ligadas ao turismo, como alojamento, entretenimento, bares, restaurantes, além do próprio setor de transportes, por conta do aumento das viagens turísticas”.
O economista acrescenta que “esse crescimento do turismo e do setor de serviços, como um todo, privilegia bastante o Nordeste e também o Ceará. Quando se pensa no Brasil já é outra configuração. O crescimento dessas atividades também ajudou o País a crescer, mas tem o lado da indústria, que em outras regiões influencia mais no resultado final”.
Ele minimiza o fato de a atividade econômica cearense ter avançado menos que a nordestina, de um modo geral. “O próprio crescimento do Nordeste tem a contribuição do crescimento do Ceará e aí você soma estados fortes também no turismo, tais como a Bahia, Pernambuco e Rio Grande do Norte e há um efeito benéfico regional”, pontua.
Voltando a falar sobre outro setor importante da economia estadual e brasileira, Trompieri Neto afirma que a indústria, por outro lado, sofreu ao longo do ano os efeitos da alta da taxa básica de juros, o que encareceu o crédito e restringiu investimentos.
Confira
Ceará
Variação mensal: -0,8%
Variação trimestral: -0,7%
Acumulado no ano: 3,4%
Em 12 meses: 2,7%
Nordeste
Variação mensal: 0,1%
Variação trimestral: -2,1%
Acumulado no ano: 4,2%
Em 12 meses: 3,2%
Brasil
Variação mensal: 0,05%
Variação trimestral: 1,36%
Acumulado no ano: 2,93%
Em 12 meses: 2,34%
Fonte : Banco Central
Atividade Econômica
Ceará
Variação mensal: -0,8%
Variação trimestral: -0,7%
Acumulado no
ano: 3,4%
Em 12 meses: 2,7%
Nordeste
Variação mensal: 0,1%
Variação trimestral: -2,1%
Acumulado no
ano: 4,2%
Em 12 meses: 3,2%
Brasil
Variação mensal: 0,05%
Variação trimestral: 1,36%
Acumulado no
ano: 2,93%
Em 12 meses: 2,34%
Fonte : Banco Central