A despeito das parcerias valorizadas entre setor produtivo e governo estadual, a Federação das Indústrias do Ceará entregou à governadora Izolda Cela (sem partido) e ao governador eleito Elmano de Freitas (PT) a Plataforma para o Desenvolvimento Industrial Cearense 2023. Em formato impresso, em um livro, o documento sinaliza as oportunidades de crescimento da indústria tradicional e inovadora do Estado e mostra o que o governo pode fazer para ajudar o setor.
Lauro Chaves Neto, economista consultor da Fiec e organizador da publicação, explica que o livro traz os dois eixos. O primeiro mostra, "em detalhes técnicos", o esforço da modernização da indústria tradicional cearense, como têxtil, confecções, calçados, para melhorar a competitividade e se inserir nas cadeias globais de valor.
O segundo trata dos setores emergentes da indústria cearense, como o hub de hidrogênio verde, a economia do mar e a economia digital, "que tem um potencial que o ceará nunca teve na história".
"Todos os territórios desenvolvidos no mundo sempre atuam com a chamada tríplice hélice. Escandinávia, Coreia do Sul, entre outros, sempre têm setor produtivo, setor público e academia trabalham em conjunto", ressalta Lauro, apontando o papel da academia em inovação e pesquisa e do estado em infraestrutura e legislação tributária.
"As perspectivas para o futuro são ainda mais animadoras, com a modernização dos setores tradicionais da nossa indústria e a consolidação dos setores emergentes como energias renováveis, economia do mar e economia digital", afirmou o presidente da Fiec, Ricardo Cavalcante, direcionando o discurso para atual e o futuro chefe do Executivo cearense.