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Prévia da inflação em Fortaleza bate 5,85%, abaixo da média nacional
Economia

Prévia da inflação em Fortaleza bate 5,85%, abaixo da média nacional

| PREÇOS | Entre janeiro e dezembro, o maior peso para o orçamento dos cearenses foram os itens de vestuário, que apresentaram alta acumulada de 17,11%. Item com o maior peso no orçamento mensal dos cearenses, os itens de alimentação e bebidas subiram 9,84%
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Os dados prévios da inflação confirmam o aumento do preço de produtos de vestiário. (Foto: FERNANDA BARROS)
Foto: FERNANDA BARROS Os dados prévios da inflação confirmam o aumento do preço de produtos de vestiário.

A inflação acumulada em Fortaleza deve fechar o ano com alta de 5,85%, segundo previsão do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado prévio da inflação do ano de 2022, calculado pelo IPCA-15 do IBGE, revela uma aceleração dos preços no último trimestre, principalmente por conta dos preços de itens de vestuário.

Em dezembro, a inflação deve fechar em alta de 0,53% na Região Metropolitana de Fortaleza. De acordo com os dados, apesar da Capital fechar o ano com inflação em alta, o patamar fica um pouco abaixo dos 5,90% da média nacional.

Entre janeiro e dezembro, o maior peso para o orçamento dos cearenses foram os itens de vestuário, que apresentaram alta acumulada de 17,11%, seguido dos itens de saúde e cuidados pessoais, que subiram 11,01%.

Cebola, com alta de 155,43%, seguro voluntário de veículo (53,28%), mamão (51,76%), maionese (45,45%) e goiaba (39,32%) são os produtos que mais subiram de preço neste ano. Já a gasolina, com redução de 26,66% nos preços, carne de carneiro (-17,15%), acesso à internet (-12,86%), energia elétrica residencial (-10,96%) e transporte por aplicativo (-8,86%) foram os itens que apresentaram maior deflação no ano.

Preços de produtos de vestuários dispararam em Fortaleza em 2022, aponta IBGE.
Preços de produtos de vestuários dispararam em Fortaleza em 2022, aponta IBGE. (Foto: FERNANDA BARROS)

Grupo de produtos com o maior peso no orçamento mensal dos cearenses, os itens de alimentação e bebidas subiram 9,84%, praticamente o dobro da inflação média. Na análise sobre os custos da alimentação no domicílio, o aumento dos preços foi de 11,09%, enquanto o custo da alimentação fora do domicílio subiu 5,89%. Nessa alta, destaque para as refeições (PF), com variação de 6,41% no ano.

Apesar do preço da carne apresentar deflação de 1,47% neste ano e dos cereais, leguminosas e oleaginosos (que inclui produtos como o arroz e feijão) apresentou queda de 1,85%, os consumidores não tiveram alívio, pois o preço médio das frutas subiu 26,8%.

Ainda no que se refere à alimentação, o mês de dezembro reservou uma alta de preços nos itens relacionados às ceias de Natal e Réveillon, num movimento de inflação de época.

O pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV/Ibre), Matheus Peçanha, alerta que, dessa forma, com renda ainda em recuperação, juros altos e incerteza elevada, é melhor pensar antes de gastar.

“Estamos num momento muito delicado da economia, tanto nacional quanto globalmente, e é natural ver o movimento da população de realizar um consumo tradicional, mesmo com um cenário de emprego e renda não convidativos. Então é importante ter cautela, planejar bem seu consumo e usar o crédito de modo responsável”, analisa.

Peçanha acrescenta que para economizar é fundamental pesquisar bastante para encontrar as melhores promoções. “Hoje a tecnologia facilita muito isso, com buscadores de ofertas. Vale aproveitar descontos e, de repente, juntar com familiares, amigos ou vizinhos pra fazer compras em quantidade e ganhar desconto no atacado”.

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Dezembro - Resultado de Fortaleza

Variação mensal

Índice geral: 0,53%

Alimentação e bebidas: 0,74%

Habitação: 0,52%

Artigos de residência: -0,44%

Vestuário: 1,66%

Transportes: 0,95%

Saúde e cuidados pessoais: 0,49%

Despesas pessoais: -0,16%

Educação: 0,02%

Comunicação: -0,75%

Variação acumulado no ano

Índice geral: 5,85%

Alimentação e bebidas: 9,84%

Habitação: 2,51%

Artigos de residência: 9,99%

Vestuário: 17,18%

Transportes: -0,91%

Saúde e cuidados pessoais: 11,01%

Despesas pessoais: 4,47%

Educação: 7,71%

Comunicação: -2,34%

Produtos que mais subiram de preço no ano

Cebola: 155,43%

Seguro voluntário de veículo: 53,28%

Mamão: 51,76%

Maionese: 45,45%

Goiaba: 39,32%

Maçã: 34,82%

Emplacamento e licença: 29,45%

Bolsa: 28,25%

Caldo concentrado: 27,67%

Bolo: 27,11%

Produtos que mais baixaram de preço no ano

Gasolina: -26,66%

Carne de carneiro: -17,15%

Acesso à internet: -12,86%

Energia elétrica residencial: -10,96%

Transporte por aplicativo: -8,86%

Fígado: -8,29%

Gás veicular: -7,52%

Óculos de grau: -5,48%

Televisor: -5,18%

Madeira e taco: -4,36%

Inflação sobre os alimentos continuou pesando em 2022 - Variação Fortaleza (%)

Macarrão: 14,19

Farinha de mandioca: 26,48

Tubérculos, raízes e legumes: 42,64

Batata-inglesa: 14,43

Cebola: 155,43

Cenoura: 15,68

Sorvete: 20,76

Chocolate e achocolatado em pó: 19,71

Frutas: 26,8

Banana - prata: 20,25

Maçã: 34,82

Mamão: 51,76

Manga: 16,82

Maracujá: 25,87

Uva: 19,74

Goiaba: 39,32

Pescados: 10,18

Peixe - tilápia: 13,95

Presunto: 17,94

Ovo de galinha: 16,84

Leite longa vida: 26,86

Leite em pó: 21,37

Queijo: 22,03

Iogurte e bebidas lácteas: 18,99

Manteiga: 12,32

Pão francês: 24,35

Bolo: 27,11

Óleo de soja: 11,77

Margarina: 20,26

Polpa de fruta (congelada): 16,33

Café moído: 13,21

Cerveja: 11,14

Fonte: IPCA-15 / IBGE

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