Entre as profissionais dispensadas pelo Grupo Guararapes, o clima de tristeza era generalizado. O POVO conversou com algumas das costureiras que saíam do complexo fabril.
Antônia Luana, 38, trabalhava para o grupo há 18 anos e diz que o período foi muito bom para sua carreira, pois conseguiu capacitações. Ela conta que todos os funcionários estavam em férias coletivas e foram chamados em grupos para comparecer à empresa.
Ela confirmou que o Grupo Guararapes "foi uma boa empresa de se trabalhar". "A empresa disse que todas (costureiras) receberão sua rescisão certinha e ainda uma máquina de costura, além de um bônus de gratificação", diz.
Outra costureira, que preferiu não se identificar, disse que já desconfiava que a empresa iria acabar com sua operação no Ceará. Em dois anos, vários funcionários já haviam sido demitidos. Ela até lembrou da época em que aproximadamente 10 mil funcionários trabalhavam no local.
Esperançosa, disse que a maioria das colegas demitidas nos últimos meses já conseguiram recolocação profissional.