O mercado de trabalho passou por uma série de mudanças, devido à pandemia da Covid-19, que especialistas consideram que "não tem mais volta". A produtividade a qualquer custo abriu espaço para uma que seja saudável e sustentável.

Neste contexto, adultos que iniciaram no mercado nas décadas de 1980, 1990 e no início dos anos 2000, são aqueles que mais apresentam esgotamento e doenças relacionadas a transtornos mentais, segundo Adriana Bezerra, sócia-fundadora da Flow Desenvolvimento Integral. "Os que mais entregam e que ainda veem doenças mentais como tabu, são os que mais estão acometidos no mercado de trabalho."

Ela explica que diferentemente do público de 30 anos mais, os jovens têm buscado equilíbrio e têm dito mais "nãos" no trabalho, impondo limites e se dando o direito de ter "qualidade de vida profissional".

"O jovem não quer entregar e nem viver no automático, por isso, vejo um caminho sem volta, também nos movimentos de demissão silenciosa, na busca pelo equilíbrio na vida", diz Adriana. A profissional ainda destaca que o novo ambiente profissional requer das empresas espaço para fala, observação dos líderes para com a suas equipes e cultura de cuidado e autocuidado, com oferta, inclusive de psicoterapias.