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Ministra alemã diz que Brasil pode ser líder na área de hidrogênio verde
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Ministra alemã diz que Brasil pode ser líder na área de hidrogênio verde

Parceria internacional. Energia
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Ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, e a ministra Federal da Cooperação Econômica e Desenvolvimento da Alemanha, Svenja Schulze. (Foto: José Cr/Agência Brasil; Valter Campanato/Agência Brasil)
Foto: José Cr/Agência Brasil; Valter Campanato/Agência Brasil Ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, e a ministra Federal da Cooperação Econômica e Desenvolvimento da Alemanha, Svenja Schulze.

A ministra Federal da Cooperação Econômica e Desenvolvimento da Alemanha, Svenja Schulze, enfatizou ontem, 30, que o Brasil poderá ser líder global na área de hidrogênio verde. Svenja está em Brasília, em visita oficial do governo alemão, e esteve reunida com a ministra Marina Silva (Meio Ambiente).

A ministra alemã fez estas afirmações após ser questionada sobre como o Brasil poderia ser um fornecedor de hidrogênio verde em meio ao aumento da necessidade de fontes alternativas, principalmente após a interrupção de gás ao país pela Rússia, em função do conflito com a Ucrânia.

Marina também comentou que o Brasil está fazendo um grande esforço para acelerar parcerias e se tornar um grande fornecedor de energia para a Europa. "Não apenas com o potencial de hidrogênio verde, mas também parceria com empresas alemãs, europeias, para que possamos ter mais produção de hidrogênio."

Pacote de medidas

Um pacote de medidas que poderão ser implantadas nos primeiros 100 dias do governo Lula, no valor de cerca de 200 milhões de euros, para atuações em áreas sustentáveis foi anunciado no encontro.

"Para agora, disponibilizamos 30 milhões de euros", explicou a ministra alemã. Na realidade, tratam-se de 31 milhões de euros no momento de empréstimos entre o KfW, o BNDES alemão, e o Ministério do Meio Ambiente (MMA). Este valor será destinado aos Estados da Amazônia na implementação de ações para maior proteção florestal.

Há previsão também de 80 milhões de euros por meio de crédito com juros mais baixos para o Banco do Brasil, por meio do KfW. Estes recursos serão destinados a agricultores para que possam reflorestar suas terras. O apoio a um fundo garantidor de eficiência energética para pequenas e médias empresas, no valor de 29,5 milhões de euros ao BNDES também está previsto. A quantia deve ser empregada para investimentos privados em eficiência energética.

Pequenos agricultores

Faz parte dos pouco mais de 200 milhões de euros um projeto de consultoria para fomento de energias renováveis na indústria e no setor de transportes. O objetivo é auxiliar na descarbonização dessas áreas, no valor de 5,37 milhões de euros para a consultoria a ser prestada pela GIZ com o MMA. Estão previstos ainda 13,1 milhões de euros de empréstimo do KfW para apoio de pequenos agricultores e em ações de reflorestamento.

Por fim, há cerca de 9 milhões de euros que serão voltados a cadeias de abastecimento sustentáveis. Do total, já tinham sido anunciados 35 milhões de euros para o Fundo Amazônia. O fundo é um projeto de referência para a política florestal brasileira, também por meio de financiamento do KfW. (Agência Estado)

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