O cultivo protegido é avaliado como uma das alternativas para que o Ceará alcance R$ 1 bilhão em exportação de hortaliças. A técnica é aplicada em 350 hectares em hortifruti e rosas na Serra da Ibiapaba, onde o tomateiro chega a produzir 16 quilos enquanto o cultivado da forma tradicional soma 5 quilos.
A ampliação dessa área será um dos principais temas do seminário Água Innovation, que acontece entre os dias 22 e 23 de março e debate ainda o uso Inteligente da Água; novos mercados e tendências para o futuro; tecnologias avançadas; o papel do poder público e da iniciativa privada no processo de aceleração e desenvolvimento da agropecuária, e cenário para o Futuro e perspectivas.
"No Água Innovation vamos discutir tecnologias que possam permitir o avanço da utilização da água no Ceará. O cultivo protegido é um tema relevante para a agricultura cearense. Nós temos condições climáticas apropriadas para exportar R$1 bilhão em hortaliças, com a possibilidade de o tomate ser o carro-chefe, além das rosas. Porém, precisamos aumentar a segurança hídrica", avalia Carlos Matos, idealizador do seminário, sócio-diretor da Trainer DG e da Solarisa Brasil, e ex-deputado estadual.
Na prática, a técnica consiste na construção de uma estrutura para a proteção das plantas (como estufas) contra os agentes meteorológicos, mas que não bloqueie a passagem de luz solar, essencial para o desenvolvimento das plantas.
Comparada à meta que Carlos Matos aponta, a exportação do Ceará ainda engatinha. No ano passado, segundo o Comex Stat, sistema para consultas e extração de dados do comércio exterior brasileiro, o Estado exportou US$ 11.154 em cebolas, seguido de pimentões e pimentas, US$ 10.018, e tomates (US$ 10.009), todos frescos ou refrigerados.
Comparados com 2021, estes três produtos apresentam crescimento e são os três primeiros na tabela de exportação, que também traz couves e couves-flor e alhos. Este último, apenas neste primeiro mês de 2023, aparece em primeiro no ranking de exportação, com o valor de US$ 65.371.
Para articular os trabalhos entre iniciativa privada e setor público no objetivo de ampliar o agronegócio cearense, ele conta que o seminário terá sede na Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec) e conta com a participação do maior produtor de tomate do Brasil, Edson Trebeshi, além de Edson Luiz Brok, presidente da Câmara Setorial do Agronegócio e diretor-superintendente na Tropical Nordeste e Francisco de Assis de Souza Filho, professor titular da Universidade Federal do Ceará (UFC) e cientista-chefe em Recursos Hídricos da Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Funcap), entre outros nomes.
O Seminário Água Innovation é gratuito e suas inscrições podem ser feitas no site oficial do evento.
Serviço
Água Innovation
Data: 22 e 23 de março de 2023
Local: Fiec (Av. Barão de Studart, 1980 -Aldeota) e Canal Instituto Future YouTube
Informações: www.aguainnovation.com.br