O Banco do Nordeste renovou o recorde de desembolso do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), principal fonte de recursos e operado com exclusividade pela instituição.
Ao todo, foram R$ 32,25 bilhões em um total de 695.711 operações feitas, segundo informa o balanço financeiro do BNB divulgado ontem, 27.
A Bahia liderou as contratações em termos de volume, com R$ 7,97 bilhões, seguida do Ceará (R$ 4,46 bilhões) e Pernambuco (R$ 3,51 bilhões), como mostra o documento. Piauí (R$ 3,37 bilhões), Maranhão (R$ 3,51 bilhões), Minas Gerais (R$ 2,74 bilhões), Paraíba (R$ 1,86 bilhão), Rio Grande do Norte (R$ 1,96 bilhão), Sergipe (R$ 1,31 bilhão), Alagoas (R$ 1,12 bilhão) e Espírito Santo (R$ 405,42 milhões).
"Exclusivamente com recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), funding principal do BNB, houve incremento de 24,6% em relação a 2021, em termos de valores, perfazendo total de R$ 32,25 bilhões para o volume de 695.711 operações. Acrescente-se também que a região do Semiárido, um dos subespaços prioritários da Política Nacional de Desenvolvimento Regional (PNDR), foi beneficiada com investimentos da ordem de R$ 20,67 bilhões (64,1% do total financiado), por meio de 562.215 operações", diz José Gomes da Costa, presidente interino do banco.
Os números indicam a ampliação das ações do banco de fomento, ou seja, que busca sempre ampliar a atuação a partir de linhas de crédito. Mas lucro e inadimplência demonstram que o retorno da estratégia é observada.
"Diga-se que, somado aos fatores sociais, o desempenho do Banco do Nordeste gerou, em 2022, lucro líquido acumulado de R$ 2.015,33 milhões, correspondendo a aumento de 24,5% em comparação com o apurado em 2021, e resultado operacional no montante de R$ 3.282,76 milhões, equivalente a acréscimo de 16,7% em relação ao exercício anterior", destaca o presidente interino da instituição, José Gomes da Costa.
A inadimplência do BNB, contabilizada a partir dos 90 dias sem pagamento, caiu de 3% em 2021 para 2,6% em 2022, de acordo com o balanço financeiro.
As micro e pequenas empresas foram responsáveis por R$ 4,73 bilhões do total desembolsado pelo Banco do Nordeste no ano passado e, dentre os setores, o comércio lidera com maior fatia desse total. Foram 44,52% do volume, o que representa R$ 2,05 bilhões.
Serviços (R$ 1,20 bilhão ou 26,02% do todo), indústria (R$ 1,16 bilhão ou 25,09%) e rural (R$ 201,96 milhões ou 4,37%) completam a classificação feita pela instituição no balanço.
"Do total de aplicação nos segmentos de microempresas e empresas de pequeno porte, com a fonte FNE, R$ 4,62 bilhões, 54,6% foi destinado a região do Semiárido, que é um dos subespaços prioritários da Política Nacional de Desenvolvimento Regional (PNDR), totalizando R$ 2,52 bilhões em 17.476 operações de crédito", diz o BNB.