Os 18 municípios cearenses que tiveram a ativação da quinta geração de telefonia móvel, o 5G, liberadas no Ceará a partir do último dia 27, devem continuar sem o serviço.
Autorizada no dia 23 de fevereiro pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), a chegada do 5G ainda não é prevista por Claro, TIM e Vivo - as três operadoras que venceram o leilão do último ano.
Nesta etapa, serão contemplados no Ceará:
A decisão da Anatel adiantou o cronograma que previa ampliação para os municípios com mais de 200 mil habitantes. Dentro deste critério, apenas Caucaia, Maracanaú e Juazeiro do Norte teriam o 5G liberados após Fortaleza.
Mas Maranguape, Guaiúba, Pacajus, Chorozinho, Trairi, Paraipaba, Pacatuba, Paracuru, São Gonçalo do Amarante, Itaitinga, Pindoretama, Eusébio, Horizonte, Aquiraz e parte de Chorozinho, Cascavel, São Luís do Curu e Pacajus também tiveram autorização antecipada.
A faixa de 3,5 gigahertz (GHz), frequência de operação do 5G, foi liberada em um total de 347 municípios, "que alcançam 19,5 milhões de brasileiros, 9,1% da população". Desse total, apenas 22 estão acima dos 200 mil habitantes. Nota da Anatel revela que a maioria delas, 177, apresentam população abaixo de 30 mil habitantes.
Procuradas, as operadoras de telefonia móvel explicaram ao O POVO o porquê de ainda não planejarem a expansão do 5G para esses municípios. A Vivo afirmou seguir o cronograma do Grupo de Acompanhamento da Implantação das Soluções para os Problemas de Interferência na faixa de 3.5 GHz e afirmou que "a expansão da rede 5G é gradual e evolui de acordo com capacidades técnicas, demanda e autorizações para instalações de antena."
A Claro também disse seguir as determinações feitas pela Anatel e ressaltou que as ativações "são realizadas de acordo com um planejamento estratégico, que leva em consideração o cenário mais adequado para a região e a possibilidade de ofertar a melhor experiência possível aos clientes."
Da mesma forma, a TIM disse que "está atenta às liberações de faixas anunciadas pelo órgão regulador para as demais cidades" e contou que "está promovendo a expansão da rede de quinta geração gradativamente, de acordo com estudos de infraestrutura e viabilidade para cada região, respeitando todos os prazos estabelecidos no Leilão."
O cronograma estabelecido no leilão previa nova ativação de cidades apenas em julho de 2023, quando capitais e o Distrito Federal teriam uma antena a cada 50 mil habitantes. As cidades com mais de 200 mil habitantes só seriam ativadas em 31 de julho de 2026.