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Ação impacta operação na ponta
Economia

Ação impacta operação na ponta

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Medida reverte benefício, segundo Vieira, porque aposentado ficou sem o serviço dos bancos (Foto: Mauri Melo)
Foto: Mauri Melo Medida reverte benefício, segundo Vieira, porque aposentado ficou sem o serviço dos bancos

Com R$ 100 milhões ao mês intermediados entre os clientes do consignado e os bancos, a Reali - empresa cearense do setor de correspondentes bancários - afirma que a decisão dos bancos compromete não apenas a situação dos consumidores, mas também da operação de empresas de negócios relacionados.

"A gente trabalha com 12 instituições e 90% delas suspenderam a oferta do consignado do INSS", contabiliza Wesley Vieira, diretor da empresa, citando Bradesco, Itaú, Banco PAN, BMG, Olé Consignado, C6 Bank, Banrisul, Daycoval e Banco Mercantil do Brasil.

O executivo critica a decisão do Conselho Nacional da Previdência Social (CNPS), afirmando que os novos juros limites para o empréstimo e cartão consignado é impraticável numa realidade de Taxa Selic superior aos 13% - como a atual -, e, assim, "a engrenagem como um todo não funciona."

Ele ressalta ainda que a decisão aconteceu, como se fala nos bastidores de Brasília, a contragosto do governo federal pelo ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, e gerou um embaraço para o presidente Luiz Inácio Lula - já que uma eventual reversão da medida tem custo político para o governo.

"Uma medida que foi feita para o benefício do aposentado e pensionista acabou tendo o efeito inverso porque a operação foi suspensa e está sendo o principal prejudicado", afirma.

O diretor da Reali contabiliza ainda o emprego direto de 200 pessoas e mais 1,5 mil indiretos e prevê "um impacto muito grande" para o negócio.

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