Todo o maquinário, tanto para fazer a ferrovia propriamente dita, com a fabricação, inclusive, dos dormentes e das britas e soldagens dos trilhos, até a operação, com locomotivas e vagões são da TLSA, que teve a concessão para prestação de serviços ferroviários prorrogada, em 2014, por mais 30 anos, podendo encerrar-se até o ano de 2057.
“Nós temos, atualmente, uma máquina de fazer ferrovias”, destaca o diretor-presidente da TLSA, Tufi Daher Filho, lembrando que a empresa está prevendo entregar cerca de 100 km por ano, mas que poderia fazer até o dobro, por capacidade de suas fábricas de insumos. Porém, para isso, é necessário mais aporte de recursos de um outro acionista e financiamentos.
Sobre a escolha do escoamento de produção pelo Porto do Pecém, ele explica que um dos principais motivos é o modelo de operacionalização do local. “O Pecém é como se fosse privado. Então, não precisa de uma licitação para participar, se faz uma sociedade e se opera por lá.”
Além disso, ele ressalta que as retroáreas já estão bem estabelecidas e pré-definidas pelo porto. “Todas as partes de licenciamentos necessários já foram feitas no Pecém. O custo de implantação do Pecém, como ele é um porto off-shore, o maior custo que se tem são as correias para levar o material até os píeres. Porém, apesar desse custo, entendemos que ele é quase um terço menor do que o custo de implantação do projeto do Porto de Suape, por suas características.”
Tufi ainda lembra que para tornar a operacionalização da ferrovia completa, a TLSA criou a empresa Nordeste Logística (Nelog), que irá atuar no transporte e distribuição de carga e que já atua no complexo portuário do Pecém.