A partir do segundo semestre de 2024 a TLSA projeta iniciar a operação de cargas no interior dos estados, onde a malha ferroviária já está pronta. Para isso, será pedida uma autorização especial da ANTT. Este processo está na fase de escolha da área, em São José do Fidalgo (PI), para que seja colocado o primeiro terminal de recebimento de grãos da Transnordestina.
“Aqui mesmo, no Ceará, sabemos que tem um polo granjeiro que chegam carretas e mais carretas de soja e de milho, diariamente e esta será mais uma possibilidade de se começar a fazer esse transporte por ferrovia”, revela Tufi Daher Filho, diretor-presidente da TLSA.
Ao longo dos 1.282 km de extensão estão previstos de 6 a 8 pontos de transbordo. “Ainda não estão todos definidos, mas sabemos que Salgueiro, Trindade, São José do Fidalgo e Pecém serão."
Sobre a operação de carga e descarga ao longo da malha viária, o executivo diz que o modelo ainda está em aberto. “Não podemos estar fechados para atrair as trades, principalmente de grãos, que serão parceria conosco. Em alguns pontos seremos apenas o transportador, , em outros o dono da carga e o transportador. Então, o modelo é aberto, como em todas as ferrovias.
Tufi comenta que, no início, a obra tinha como foco o transporte de minérios. Ao longo do tempo, viu-se que são os grãos o principal produto. Há quase duas décadas a produção de grãos da região chamada de Matopiba era de quatro milhões de toneladas por ano. Agora, a realidade é de uma produção de 33 milhões de toneladas/ano, podendo crescer para até 50 toneladas/ano em algum tempo.
“E falando nisso, precisamos falar dos fertilizantes que devem chegar pelo Pecém e que poderemos distribuir na região por meio da ferrovia, assim como combustível que também pode fazer esse caminho inverso e já estamos tratando disso com o Porto do Pecém e fornecedores, como a Petrobras, para termos pontos de distribuição.”