Para além dos atuais 6,2% de participação do agronegócio na composição do PIB cearense, o secretário executivo do Agronegócio do Governo do Ceará, Sílvio Carlos, chama atenção para o quanto a cadeia movimenta além da produção da agricultura, pecuária e pesca.

Ele destaca as agroindústrias e os serviços relacionados ao agro, como o comércio de rações, embalagens e químicos fertilizantes. Segundo cálculo realizado pela Federação da Agricultura do Estado do Ceará (Faec) - a partir de dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), isso faz com que as atividades que envolvam o agronegócio movimentem algo próximo de 20% do PIB do Ceará.

"A agropecuária do Ceará está mudando muito rapidamente. Quando você olha o PIB resultado pela Betânia, ele contabiliza como indústria, mas está muito mais ligado ao agro". O secretário executivo ainda pontua que há uma boa oportunidade de crescimento da agroindústria cearense a partir de outros grandes projetos em desenvolvimento no Ceará, como a produção de amônia verde e de minerais na Usina de Itataia, em Santa Quitéria.

Ele explica que esses projetos envolvem insumos importantes para a produção agropecuária, com potencial de diminuir os custos de produção, já que existem segmentos que utilizam produtos que demandam a importação de 100% de suas matérias primas. "Quanto às indústrias de fertilizantes, já temos no Ceará a Sumitomo Chemical, que é o maior PIB de Maracanaú (antiga Agripec), e é uma das grandes empresas nacionais, vendendo químicos para defensivos agrícolas para o Ceará e outros estados", destaca.