O número de empregos formais gerados Ceará em março foi de 4.745, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). No mês, foram 47.553 contratações e 42.808 demissões. Foi o segundo mês seguido de novos postos criados no Estado em 2023. Apenas em janeiro o saldo foi negativo.
Comparativamente a estados do Nordeste, a Bahia gerou 82 mil vagas em março, enquanto Pernambuco gerou 46,4 mil vagas. No entanto, em relação às demissões, Pernambuco demitiu 51,6 mil e ficou com saldo negativo de 5,2 mil vagas. Já a Bahia teve 72,7 mil trabalhadores desligados, mas teve saldo positivo de 9,3 mil novas vagas em março.
No acumulado de 2023, as empresas cearenses já contrataram 137.075 trabalhadores, enquanto outros 130.263 foram desligados. Entre janeiro e março, o Ceará gerou 6,8 mil empregos formais, o que é o 14º melhor resultado do País. No Nordeste, apenas a Bahia gerou mais vagas, 21,1 mil.
Em relação ao desempenho de cada setor econômico na geração de vagas formais, o setor de serviços foi o que mais gerou, com 3.616 vagas abertas.
O comércio gerou 801 vagas, enquanto o setor de construção abriu outras 185. Em março, a indústria abriu 462 vagas, com destaque para o resultado positivo da indústria de transformação (+401). O setor de agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura foi o único grande setor que teve saldo negativo no mês, de 319 vagas.
No País, o estado de São Paulo foi quem mais gerou empregos formais no acumulado do primeiro trimestre, 136,6 mil novas vagas, seguido de Minas Gerais (64,2 mil) e Santa Catarina (48,5 mil).
No que se referem aos dados sobre salários, os trabalhadores cearenses admitidos em março receberam, em média, R$ 1.813,46 de remuneração. Esse valor é 5,38% superior à média observada em março de 2022.
Esse valor médio, no entanto, é menor do que os R$ 1.816,78 que foi a média de remuneração observada em janeiro de 2023.
O valor médio dos salários de admissão em março observados no Ceará são ainda menores do que a média nacional, que foi de R$ 1.960,72 em março.
Após dois meses de recuo, a criação de emprego formal subiu em março. Segundo dados divulgados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego, 195.171 postos de trabalho com carteira assinada foram abertos no último mês. O indicador mede a diferença entre contratações e demissões.
O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, admitiu durante entrevista coletiva em que comentou os resultados do Novo Caged relativos a março, que os números vieram com uma pequena surpresa positiva.
A criação de empregos cresceu 97,6% maior que a do mesmo mês do ano passado. Em março de 2022, tinham sido criados 98.786 postos de trabalho, nos dados com ajuste, que consideram declarações entregues em atraso pelos empregadores. A abertura mensal de vagas atingiu o maior nível desde setembro do ano passado.
"O número de março deste ano, de alguma forma, creio que ele veio com uma pequena surpresa", disse o ministro, lembrando que em nas divulgações anteriores havia manifestado suas expectativas, segundo as quais, a retomada das cerca de 14 mil obras que estavam paradas no Brasil fossem surtir efeitos.
Nos três primeiros meses do ano, foram abertas 526.173 vagas. Esse resultado é 15% mais baixo que no mesmo período do ano passado.
A comparação considera os dados com ajustes, quando o Ministério do Trabalho registra declarações entregues fora do prazo pelos empregadores e retifica os dados de meses anteriores. A mudança da metodologia do Caged não torna possível a comparação com anos anteriores a 2020.
"Mas não esperava que elas fossem surtir efeitos já em março. Temos obras de transporte de cargas e infraestruturas que estão influenciando o número de março", disse Marinho.De acordo com o ministro, a expectativa da sua pasta é a de que o ocorrido em março se estenda para o longo do ano porque o governo federal reiniciou quase todas as obras paradas e que tinham como serem retomadas muito rapidamente.
Na divisão por ramos de atividade, quatro dos cinco setores pesquisados criaram empregos formais em março. A estatística foi liderada pelos serviços, com a abertura de 122.323 postos, seguido pela construção civil, com 33.641 postos a mais. Em terceiro lugar, vem indústria de transformação, de extração e de outros tipos, com a criação de 20.984 postos de trabalho.
O nível de emprego aumentou no comércio, com a abertura de 18.555 postos. Somente a agropecuária, pressionada pelo fim da safra de vários produtos, extinguiu empregos com carteira assinada no mês passado, com o fechamento de 332 vagas.
Nos serviços, a criação de empregos foi puxada pelo segmento de administração pública, defesa e seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais, com a abertura de 44.913 postos formais. A categoria de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas abriu 35.467 vagas.
Na indústria, o destaque positivo ficou com a indústria de transformação, que contratou 17.876 trabalhadores a mais do que demitiu. Em segundo lugar, ficou a indústria extrativa, que abriu 1.566 vagas.
As estatísticas do Caged apresentadas a partir 2020 não detalham as contratações e demissões por segmentos do comércio. A série histórica anterior separava os dados do comércio atacadista e varejista.
Todas as cinco regiões brasileiras criaram empregos com carteira assinada em março. O Sudeste liderou a abertura de vagas, com 113.374 postos a mais, seguido pelo Sul, com 37.441 postos. Em seguida, vem o Centro-Oeste, com 22.435 postos. O Nordeste abriu 14.115 postos de trabalho, e o Norte criou 10.077 vagas formais no mês passado.
Na divisão por unidades da Federação, 22 registraram saldo positivo, e cinco extinguiram vagas. Os destaques na criação de empregos foram São Paulo (50.768 postos), Minas Gerais (38.730) e Rio de Janeiro (19.427). As maiores variações negativas ocorreram em Pernambuco (5.266 postos), Paraíba (815) e Rio Grande do Norte (78).