De olho na regulamentação que permita o setor de serviços operar na Zona de Processamento de Exportação do Ceará, Eduardo Neves aponta que os datacenters seriam um nicho a ser desenvolvido no Complexo do Pecém.
"Isso está dentro do processo de regulamentação, porque a lei já prevê", adianta.
Ele aponta novamente para o setor II como ambiente propício para a instalação, uma vez que a área 1 é quase completamente ocupada pela ArcelorMittal Pecém - antes Companhia Siderúrgica do Pecém.
"O Datacenter dura o quê em termos de tecnologia? Entre quatro e cinco anos? Acho que é mais ou menos isso para se depreciar. É nosso tempo, interno. Terminou, pode vender ou trazer um novo. Podendo vender serviço, o datacenter dentro de ZPE não vai pagar tributo para trazer o que é de mais caro, que é a tecnologia", ressalta.
Sobre a forma como cobrar por isso, ele indica que há a possibilidade de a empresa pagar pelo imobiliário - ou seja, a área locada - e um contrato específico precisaria ser traçado para tributar o serviço prestado.
O presidente da ZPE do Ceará conta ainda que reivindicações já foram apresentadas ao Conselho das ZPEs para agilizar a entrada do setor de serviços, entre outros pontos não revelados.
Com o governo federal, Neves conta que o canal, até o momento, foi o subsecretário do vice-presidente e ministro Geraldo Alckmin (Desenvolvimento, Indústria e Serviços), Paulo Guerra. Mas o governador Elmano de Freitas (PT) e o presidente do Complexo do Pecém, Hugo Figueirêdo, estiveram com Alckmin e trataram diretamente sobre o assunto já em debate entre as ZPEs.
"Há incompreensão no Brasil do que é ZPE. ZPE é uma política pública de atração de investimento e mudou a Ásia. Dá condição de exportação e difusão tecnológica", observa.