Pelo menos duas das empresas que já possuem pré-contrato assinado para o hub de produção de hidrogênio verde na área do Porto do Pecém, estão em processo de pedido de licenciamentos ambientais para que o processo tenha início. São elas: a Casa dos Ventos, em parceria com Transhydrogen e Comerc Eficiência, e a Fortescue Future Industries (FFI).
A primeira não divulgou o seu investimento inicial para a produção. Já a FFI terá aporte de US$ 6 bilhões, e deve utilizar uma área de 120 hectares. A intenção é produzir até 2026 cinco mil toneladas de amônia verde por dia, na planta do Ceará, com foco na exportação para a Europa.
Chamado de Iracema, o projeto da Casa dos Ventos quer chegar a produção de 2,4 milhões de toneladas de amônia por ano. A planta deve ter 60 hectares, divididos por fases e capacidade de até 2.4 gigawatts de eletrólise, produzindo 960 toneladas de hidrogênio por dia.
Para que tudo isso seja possível, porém, o executivo da Casa dos Ventos, Francisco Habib, lembrou que é fundamental o apoio governamental e que para ser competitivo, é necessário que se tenha o financiamento de governos e bancos de fomento. "Podemos ser líderes de produção, mas o apoio de governos é fundamental."