Com queda de 5,10% no preço doméstico do trigo registrado no 1º trimestre e a safra recorde colhida no País em 2022, o setor de panificação projeta que o consumidor não deve ter grandes sustos na hora de levar o pãozinho para o café da manhã ou lanche da tarde.
Nacionalmente, o valor da farinha de trigo, principal ingrediente utilizado na indústria panificadora e também de massas como biscoitos e macarrão, ficou muito próximo da estabilidade, com ligeira alta de 0,03% no trimestre.
Com isso, nas padarias, supermercados e estabelecimentos afins da Grande Fortaleza, o preço do pão também tem ficado estável, ora registrando pequenas quedas, ora registrando pequenas altas, como a verificada em abril, de 0,54%.
Conforme o presidente do Sindicato das Indústrias de Panificação e Confeitaria no Estado do Ceará (Sindpan-CE), Alex Martins, "agora em 2023, não temos expectativa nenhuma de aumentos, mas vamos aguardar até agosto sem nenhum aumento sobre pães ou quaisquer outros tipos de produto que utilizem o trigo por conta dessa estabilidade nos preços".
Ele lembra, contudo, que fatores ligados à política econômica e outros custos atrelados à produção podem afetar o preço final ao consumidor. "Não é só a parte de insumos alimentícios que vemos, mas também a de energia, que afeta diretamente a panificação. Somos altos consumidores de energia e também de gás. Precisamos estar atentos sobre isso e também sobre a reforma tributária para ver se haverão aumentos consideráveis de impostos", explicou.