Em dez anos, o Ceará foi o estado nordestino que mais aumentou a sua participação no setor da construção civil. Os dados da Pesquisa Anual da Indústria da Construção (Paic), divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que o indicador subiu de 12,7% para 17,4% entre os anos de 2012 e 2021.
Com o avanço de 4,7 pontos percentuais, o Estado passa a ocupar a segunda posição em participação do valor de incorporações, obras e/ou serviços da construção. A liderança, no entanto, segue sendo da Bahia com 28,1%.
De acordo com a pesquisa, no período, foram R$ 10,5 bilhões movimentados em incorporações, obras ou serviços da construção no Ceará. O setor gerou 60,3 mil ocupações.
No Brasil, a indústria da construção gerou R$ 377,8 bilhões em valor de incorporações, obras ou serviços em 2021, sendo R$ 355,8 bilhões em obras ou serviços e R$ 22,0 bilhões em incorporações.
Em 2021, o país tinha 147.389 mil empresas de Construção, que empregavam 2.203.731 pessoas. Frente a 2020, o total de ocupados no setor cresceu 11,4%, maior taxa desde 2010, enquanto o total de empresas teve a maior alta anual desde 2013: 11,7%.
O analista da pesquisa, Marcelo Miranda, destaca os principais pontos do cenário macroeconômico em 2021, primeiro ano após o início da pandemia, quando houve uma grave crise econômica, embora o setor da construção não tenha sido muito afetado.
Ele explica que, em 2021, houve uma retomada do crescimento econômico: 5,0% de variação positiva no PIB, pós uma queda de 3,3% em 2020. "Isso ocorreu apesar do desemprego e inflação em patamares significativos" (Irna Cavalcante)
Brasil
A Paic 2021 mostra que as empresas da construção empregavam um total de 2.203.731 pessoas, uma redução de 22,9% (ou 654,4 mil postos de trabalho) frente a 2012