O Complexo do Pecém tem um recurso de US$ 100 milhões em análise pela Comissão de Financiamentos Externos (Cofiex), que realiza a primeira avaliação no dia 1º de junho. O montante é uma operação de crédito com o Banco Mundial que visa dotar o Porto do Pecém de infraestrutura capaz de atender a demanda por hidrogênio verde.

A operação em curso ainda deve contar com uma contrapartida de 10% do valor total pelo Estado do Ceará - principal acionista do equipamento. As informações foram dadas por Hugo Figueirêdo, presidente do Complexo, que compôs a mesa do evento realizado na Assembleia Legislativa do Ceará (Alece) na manhã de ontem, 26.

Ele adianta que o montante captado não deve estar disponível neste ano e a expectativa, por ainda precisar passar por uma análise do Senado, é de que os US$ 100 milhões estejam disponíveis no próximo ano.

Figueirêdo relembra que os recursos necessários para dotar o terminal cearense de estrutura necessária para a movimentação de H2V é de R$ 2,2 bilhões - dos quais R$ 1,2 bilhão deve ser injetado pelas empresas que atuam no porto.

O outro bilhão que falta deve ser captado com instituições de fomento. A CAF, cujo vice-presidente dividia a mesa com ele na Alece, é uma das possibilidades consideradas pelo presidente do Complexo, inclusive.

As instalações do Pecém devem receber, no próximo dia 2 de junho, a visita da subcomissão de H2V, segundo ressaltou o senador Cid Gomes (PDT), presidente do grupo formado no Senado.