O Ceará fechou o mês de abril com um saldo de 4.488 empregos. São 203 empregos a menos do que o resultado de março e uma queda de 21,57% em relação ao apurado em abril de 2022, quando foram geradas 5.722 novas vagas. O setor que mais está contribuindo para o panorama de empregos no Estado é o de Serviços.
Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados ontem pelo Ministério do Trabalho e Emprego, mostram que no acumulado dos quatro primeiros meses do ano o saldo ficou positivo em 11.088 vagas. Já o estoque de empregos com carteira assinada chegou a 1.252.216 no Estado.
Em abril, foram 42.883 admissões contra 38.395 demissões, resultando em um saldo de 4.488 empregos. Dentre os segmentos especificados no Caged, o de serviços foi o que apresentou melhor desempenho com saldo positivo de 3.360 vagas, sendo 20.998 admissões e 17.638 desligamentos no mês.
Em seguida aparecem Comércio, com saldo positivo de 1.412 vagas, e Agropecuária, com um saldo de 189 postos de trabalho.
Por outro lado, setores como Indústria e Construção Civil seguem com indicadores negativos de empregabilidade. No primeiro caso, a diferença entre contratações e demissões ficou negativa em 458 vagas, enquanto no segundo o saldo ficou negativo em 15 vagas.
O cenário do emprego no Estado vem apresentando oscilações. Em janeiro, o saldo de empregos ficou negativo em 2.348 vagas. Depois, houve uma recuperação forte em fevereiro (4.257 novos empregos), com avanço em março para 4.691 vagas e, por fim, essa desaceleração para um saldo de 4.488 vagas em abril.
Ainda assim, o resultado do mês foi o segundo melhor da região Nordeste. Atrás somente do movimento observado na Bahia, com saldo positivo de 11.250 vagas.
Para o secretário estadual do Trabalho, Vladyson Viana, o dado reforça a atuação do Governo do Ceará para a atração de novos empreendimentos, além dos investimentos públicos.
"Após três meses consecutivos de saldos positivos, percebe-se que o Ceará tem mantido um bom volume de geração de postos de trabalho, reflexo de uma política pública focada no desenvolvimento econômico e social do estado. Acreditamos que os números devem ser ainda melhores ao longo do ano", complementa o secretário.
Dentre os municípios cearenses, Fortaleza ganha destaque, com saldo de 3.576 empregos, após 25.866 admissões, frente 22.290 demissões. O volume de contratações representa quase 80% dos empregos gerados no Estado.
Em seguida, aparecem os municípios de Caucaia, com saldo de 236 vagas. Depois, Maracanaú (232), Abaiara (164) e Juazeiro do Norte (147).
O prefeito de Fortaleza, José Sarto (PDT), comemorou o desempenho do mercado de trabalho na Capital em abril. "Fortaleza é a capital do Norte e Nordeste que mais gera empregos", escreveu o prefeito nas redes sociais.
Ele ressaltou que esse é o melhor desempenho para o mês de abril da história de Fortaleza. "Estamos investindo forte em ações de capacitação, incentivo ao empreendedorismo e no estímulo a um ambiente de negócios favorável ao surgimento de novas empresas e oportunidades", afirmou.
Geração de empregos cai 12,41% no Brasil
O Brasil registrou saldo positivo na criação de postos de trabalho com carteira assinada em abril. Mas, houve queda em relação ao mesmo período do ano passado.
Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) mostram que a diferença entre o número de contratações e de demissões ficou em 180.005 vagas, com resultado positivo em 23 das 27 unidades federativas.
O número, porém, representa uma queda de 12,40% em relação ao mesmo mês do ano passado, quando 205.499 postos de trabalho foram criados. E também um recuo de 6,70% em relação a março deste ano.
Já do início do ano até abril, foram criados 705.709 postos de trabalho com carteira assinada, uma queda de 14,51% em relação ao mesmo período do ano passado.
A quantidade total de vínculos trabalhistas celetistas atingiu 43.150.134, o maior desde abril do ano passado. O salário médio de admissão subiu de R$ 1.971,11 em março para R$ 2.015,58 em abril. (Agência Brasil)