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Cariri concentra novos projetos de energia solar no Ceará
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Cariri concentra novos projetos de energia solar no Ceará

|GERAÇÃO DE EMPREGOS| Somente no entorno do município de Milagres, no leste caririense, três novas usinas fotovoltaicas têm investimento previstos de R$ 4,3 bilhões
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A Lightsource BP, por exemplo, está implantando um complexo solar entre Abaiara e Milagres (Foto: Yesenia Rodriguez/Lightsource BP/Divulgação)
Foto: Yesenia Rodriguez/Lightsource BP/Divulgação A Lightsource BP, por exemplo, está implantando um complexo solar entre Abaiara e Milagres

A região do Cariri concentra alguns dos principais projetos de energia solar validados na semana passada pelos Conselho de Desenvolvimento Econômico do Ceará (Condec), vinculado ao governo do Estado.

Somente para o município de Milagres (a 482,5 km de Fortaleza) e seu entorno estão previstas três novas usinas de produção de energia fotovoltaica, todas elas com aporte de capital estrangeiro (chinês, britânico e canadense, respectivamente). Esses projetos envolvem também as cidades limítrofes de Abaiara e Mauriti.

Conforme explica o prefeito da cidade, Cícero Alves de Figueiredo (PDT), “há um investimento maior que é de uma empresa chamada Canadian Solar, que está investindo aqui em torno de um R$ 1,8 bilhão em energia fotovoltaica, exclusivamente no município de Milagres. Tem também a Lightsource, que é uma empresa inglesa e está investindo num parque de energia situado entre Milagres e Abaiara. E temos a Power China, investindo entre Milagres e Mauriti”.

Ele calcula que nos dois projetos mais avançados (o da Lightsource e o da Power China), devem ser gerados 400 empregos diretos e 1.250 empregos indiretos. Já o da Canadian Solar que ainda não teve obras iniciadas deve gerar 1.000 postos de trabalhos e envolver investimentos da ordem de R$ 4,3 bilhões. “Nós temos vocação para a questão energética. Aqui temos uma subestação da Chesf há mais de quarenta anos e essas empresas estão se instalando aqui em Milagres até por conta da facilidade de acesso à rede de distribuição”, afirma Figueiredo.

O diretor de fomento da Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará (Adece), Luís Eduardo Barros, lembrou em entrevista à rádio O POVO/CBN Cariri, o potencial de complementaridade entre esses projetos de usinas solares fotovoltaicas com os projetos de energia eólica e antevê novos investimentos. “O pico de produção de uma usina solar é em torno do meio-dia, enquanto que na energia eólica é o contrário. Então, quando você combina as duas, você tem energia o dia todo”, explica.

Ele acrescenta que durante a construção desses equipamentos além dos empregos gerados nas obras, toda a cadeia produtiva dos municípios beneficiados é movimentada. “Esse pessoal que vai trabalhar nesses projetos vai demandar muitas coisas: bicicleta, moto, pneu, gasolina, gastos em restaurantes, compras no comércio, etc. Quer dizer, a cadeia produtiva em torno do negócio é mais do que o próprio negócio. Então eu diria que podemos esperar bons ventos, para Mauriti e Milagres nos próximos meses”, citou.

Sobre Mauriti (a 492,8 km de Fortaleza), a propósito, Barros destacou a quantidade de projetos (aí incluindo segmentos diversos) validados pelo Condec no início do mês para aquele município na última reunião realizada: 11 de um total de 30 aprovados para todo o Ceará. Na esfera estadual essas iniciativas envolvem investimentos superiores a R$ 2 bilhões e a geração de 3 mil novos empregos.

Outra cidade caririense que deve receber um empreendimento industrial de grande porte, mas do segmento gráfico, é Juazeiro do Norte (a 489,2 km de Fortaleza), ainda conforme disse o diretor de fomento da Adece, Luís Eduardo Barros. A região terá investimento de R$ 1,6 bilhão dentro da esfera dos projetos validados pelo Condec.

Segundo a Adece, entre outros empreendimentos atraídos para o Estado estão empresas dos setores de alimentação, confecções, fabricantes de máquinas pesadas, indústria de embalagens, além de equipamentos de informática.

Para Barros, essa capacidade de atração de investimento, inclusive estrangeiro, não só para a região do Cariri, mas para todo o Estado, é a segurança jurídica do sistema de incentivos fiscais desenvolvido no Ceará.

“O nosso foi o primeiro sistema do tipo criado no Brasil, em 1979. Então, tem toda a segurança jurídica, enquanto outros estados até oferecem incentivos maiores, mas com maior precariedade ”, concluiu.

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