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Setor tradicional perdeu relevância e tenta se reerguer
Economia

Setor tradicional perdeu relevância e tenta se reerguer

Setor têxtil e confecções
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Setores têxtil e de confecções vêm 
registrando quedas expressivas nos últimos trimestres (Foto: Júlio Caesar/O POVO)
Foto: Júlio Caesar/O POVO Setores têxtil e de confecções vêm registrando quedas expressivas nos últimos trimestres

Um dos setores mais tradicionais da indústria cearense, o de confecções (juntamente com o têxtil), e que aproveitou muito a política de incentivos fiscais das décadas de 1990 e início dos anos 2000, vem sofrendo com a concorrência de competidores nacionais, internacionais, bem como dos informais e perdendo relevância ano a ano.

Conforme o presidente do Sindicato das Indústrias de Confecção de Roupas no Ceará (Sindiconfecções), Daniel Gomes, "essa concorrência vem até piorando, com alguns produtos importados, principalmente chineses, que entram, até certo valor, em torno de US$ 50, sem pagar impostos. Então, essa é uma concorrência que se torna um pouco desleal".

"A gente também concorre um pouco com o mercado informal e isso também atrapalha. É uma questão de incentivar a formalização, com alíquotas justas, a exemplo do que ocorre em outros estados. Pernambuco, por exemplo, baixou um pouco a alíquota de na entrada dos produtos para incentivar essa indústria", citou. "Aqui, o industrial paga 17% de imposto na saída e de 5% a 8% na entrada", acrescentou.

Para ele, outra estratégia que pode reverter o quadro é apostar na interiorização das indústrias têxteis e de confecção. "Precisamos de formação de mão de obra e interiorizar o apoio para esses cursos de formação, junto com o Senai e Fiec. É um grande caminho levar a nossa indústria para o Interior", disse.

"Essa é uma forma até de desconcentração da mão de obra nos grandes centros e há necessidade de busca por emprego no interior", concluiu o presidente do Sindiconfecções.

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