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Proposta precisa ser aprovada pelos trabalhadores
Economia

Proposta precisa ser aprovada pelos trabalhadores

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Os sindicatos locais de trabalhadores aguardam o recebimento oficial da proposta de acordo pela empresa para poder levar o assunto para votação em assembleia da categoria. Após aprovada, todos os empregados da Gerdau terão que escolher por aderir ao programa ou não.

Aqueles que aderem passam por uma qualificação profissional, oferecida pela empresa e ainda possuem seus salários, ou parte deles, mantidos com pagamentos feitos pelo Fundo de Auxílio ao Trabalhador (FAT), podendo ter complementação da empresa, caso fique acordado.

Segundo o diretor Jurídico do Sindimetal-CE, Francisco Silveira, a empresa teria manifestado a intenção de começar o layoff a partir de 1º de agosto, podendo ser de, no mínimo, dois meses e ir até cinco meses. O que neste caso levaria os trabalhadores a ficarem nessa situação até o mês de dezembro.

Uma das questões que a entidade quer negociar com a Gerdau é a manutenção dos planos de saúde pelo período de parada. "Isso é o mínimo. Estamos aguardando o acordo oficial proposto pela empresa para ver se outros pontos precisarão ser negociados, lembrando que o layoff no Brasil é regulamentado por lei federal e tem um mínimo de quesitos que precisa ser cumprido por parte do empregador", diz Silveira.

O presidente do Sindimental-CE, Fernando Chaves, destacou que o sindicato está aberto para receber e tirar todas as dúvidas dos trabalhadores, assim como vai acompanhar todo o processo "de perto, garantindo a formação e qualificação profissional e a estabilidade de 90 dias nos término do layoff".

Wil Pereira, representante da Central única dos Trabalhadores (CUT) e da diretoria do Sindimetal-CE, comenta ainda que as entidades de trabalhadores neste caso específico da Gerdau, esperam que um aquecimento do setor da construção civil ocorra até o final, fazendo com que todos os postos de trabalho sejam restabelecidos o mais breve possível.

Já o presidente do Sindimetalmac, Milton Pereira da Costa, avalia que a medida da parada temporária é uma boa forma de se evitar a demissão em massa. "Essa é uma situação complicada, mas é melhor qualificar o pessoal e segurar o emprego, do que fazer demissão em massa. Afinal, o mercado pode melhorar de uma hora para a outra e esse pessoal só retorna aos seus postos de trabalho."

Procurado, o Ministério Público do Trabalho no Ceará (MPT-CE) diz que ainda não há procedimento autuado no órgão em relação ao assunto. (Colaborou Paloma Vargas)

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