A Petrobras anunciou ontem que irá reduzir os preços da gasolina, em 5,3% por litro, e do gás liquefeito de petróleo (GLP), em 3,9% por quilo. Os novos valores passarão a valer a partir de hoje.
Esta foi a segunda queda de preços em junho e ocorre dois dias depois da volta da cobrança de impostos federais sobre o combustível.
A Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis) havia alertado na semana passada que, se nada fosse feito, o repasse de 100% do custo fiscal das distribuidoras para a revenda poderia significar aumento de até R$ 0,33 por litro para a gasolina.
Em 16 de junho, a Petrobras já havia reduzido o valor da gasolina em 4,3%, desta vez para compensar a volta da cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS). Um mês antes, a estatal anunciou queda de 12,6% para o combustível.
O preço da gasolina A, que é a produzida pelas refinarias de petróleo, sem a adição de etanol anidro, terá uma redução de R$ 0,14 por litro, o equivalente a uma redução de 5,3%. Com isso, o preço médio, por litro, passará a ser R$ 2,52.
A gasolina que chega ao consumidor final nos postos é obrigatoriamente misturada com etanol anidro, em uma proporção de 73% de gasolina A para 27% de etanol.
Assim, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor será, em média, R$ 1,84 a cada litro vendido na bomba, conforme informou a companhia.
Já o GLP terá o preço reduzido em R$ 0,10 por kg, o equivalente a uma queda de 3,9% no preço médio de venda para as distribuidoras, que passará de R$ 2,5356 para R$ 2,4356 por kg. Um botijão de 13kg passará a custar R$ 31,66.
Ontem, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, detalhou pela primeira vez em redes sociais o motivo para o movimento da estatal, que, segundo ele, nada tem a ver com a compensação da volta dos impostos federais sobre o combustível esta semana ou pedido do governo.
"Não é o caso. Estamos tão somente acompanhando o mercado, mas, como prometido, sem o automatismo da estratégia anterior, reconhecendo que a contenção de volatilidade é um benefício que se convém apresentar à sociedade em geral", afirmou Prates.
No caso dos contratos de gasolina, ele explicou que eles se desvalorizaram com os crack spreads (diferença entre a cotação do combustível frente ao barril de óleo cru) perdendo força nos principais mercados.
Já no caso do GLP, Prates argumentou que os estoques aumentaram nos Estados Unidos, permanecendo acima dos níveis de 2022 para essa época do ano e próximo da máxima sazonal do período 2016-21 (menos 2020). (com Agência Estado)