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Plano Regional de Desenvolvimento do Nordeste é aprovado pela Sudene
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Plano Regional de Desenvolvimento do Nordeste é aprovado pela Sudene

| Condel | Dentre as prioridades da carteira de projetos para o período 2024-2027 estão os investimentos no hub de hidrogênio verde
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Condel aprovou ontem o plano com diretrizes de investimentos para o período 2024-2027  (Foto: Douglas Fagner/Sudene)
Foto: Douglas Fagner/Sudene Condel aprovou ontem o plano com diretrizes de investimentos para o período 2024-2027

O Plano Regional de Desenvolvimento do Nordeste (PRDNE) 2024-2027 foi aprovado ontem, por unanimidade, na 31ª reunião do Conselho Deliberativo da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Condel/Sudene).

Dentre as prioridades elencadas estão os investimentos para estruturação do hub de hidrogênio verde (H2V).

A votação ocorreu logo após a cerimônia de posse do superintendente do órgão, Danilo Cabral. Constam ainda na carteira de projetos: a ampliação e universalização de acesso à água; a reestruturação de portos; construção de distrito industrial para atração de empresas; ampliação da geração e distribuição de energia solar; e duplicações de BRs.

O que é o PRDNE?

O PRDNE é um plano estratégico de médio prazo que identifica as potencialidades da área de atuação da superintendência, assim como os desafios que ainda precisam ser superados na Região.

Ao todo, serão 19 programas, 112 projetos estruturantes, 90 ações estratégicas e 23 ministérios parceiros.

Danilo Cabral explica que o plano agora precisa ser encaminhado aos Ministérios da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), do Planejamento, Casa Civil, além de ser submetido ao Congresso Nacional pelo presidente da República, para ser integrado ao Plano Plurianual (PPA) Federal.

A previsão é de que a proposta seja encaminhada até agosto ao Congresso. Somente a partir daí, por exemplo, estará definido o valor a ser executado pela Sudene e em quais áreas.

O PRDNE anterior, 2020-2023, foi aprovado no Conselho Deliberativo em 2019, mas nunca chegou a ser votado pelo Congresso, por isso, não foi implementado.

"Para elaboração deste documento, nós resgatamos o plano que foi construído lá atrás em 2019, e que não chegou a ser votado pelo Congresso pela confusão do período de pandemia, atualizamos e fizemos uma consulta a todos os estados para que apresentassem qual é o projeto que eles consideravam mais importante e isso gerou essa carteira de projetos que será encaminhada para Ministério da Integração para integração às diretrizes de cada eixo que tem lá", afirmou.

NOVO PAC

Danilo reforça que a expectativa é de que o PRDNE dialogue também com o Novo PAC (Plano de Aceleração do Crescimento) que será lançado nos próximos dias pelo Governo Federal. "E que tem algo em torno de R$ 70 bilhões a ser anunciado", adiantou.

Ontem, ao O POVO, ele destacou a força da agenda econômica em torno do setor de energia - e do hidrogênio verde - que está se projetando no Nordeste para os próximos anos.

"É uma nova janela de oportunidade que temos aqui no Nordeste. A região é responsável por 83% da energia limpa produzida no Brasil. E isso é imposição também de uma agenda de sustentabilidade mundial, é um processo irreversível."

Danilo explicou que pretende também fazer uma rodada de visitas aos estados para apresentar o PRDNE e coletar novas contribuições ao projeto.

A versão atualizada do PRDNE prevê um novo eixo, somando um total de sete: Inovação, considerado o "fio condutor"; Capacidades Governativas; Meio Ambiente; Infraestrutura Econômica e Urbana; Educação; Desenvolvimento Produtivo e Desenvolvimento Social.

Ontem, o encontro do colegiado contou com a presença de ministros, governadores, vice-governadores, parlamentares, prefeitos e outras lideranças políticas do Nordeste.

"Um momento de união pelo Nordeste, na busca pelo fortalecimento da Sudene. A instituição exerce importante papel na construção de políticas públicas para a região, com o objetivo de reduzir as desigualdades regionais e para garantir que a economia do Nordeste volte a crescer acima do Brasil", afirmou o governador cearense, Elmano de Freitas (PT). (Irna Cavalcante)

 

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